|
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice
Almaviva une França e Chile em cepas e negócios
DA ENVIADA ESPECIAL A PORTILLO
Quem viaja para estações de esqui passa (quase) obrigatoriamente por Santiago e pode, assim,
usar o tempo na capital para conhecer um pouco sobre a produção vitivinícola chilena.
A vinícola Almaviva, uma das
mais célebres do país, em La Pintana, na região metropolitana, é
fruto de uma parceria entre as vinícolas Concha y Toro - responsável por cerca de 40% da produção de vinho no Chile - e Baron
Philippe de Rothschild (de origem francesa). A associação surgiu em 1996 com a intenção de
criar um vinho premium franco-chileno -o Almaviva, que combina três cepas: cabernet sauvignon, principalmente, carmenère e
cabernet franc.
A Concha y Toro destina metade dos 84 hectares de La Pintana
para a produção de uvas que serão empregadas no Almaviva. Para esse vinho são reservadas as
plantações mais antigas, de até 27
anos de idade, localizadas em solo
pedregoso e produtoras das melhores cabernet sauvignon.
Sabor exclusivo
Os cachos são colhidos em pequenos recipientes, para que os
frutos não se rompam -o que
causaria um início não desejado
de fermentação, ainda nas caixas.
Em seguida, os melhores cachos
são escolhidos um a um, sempre
manualmente.
Antes da colheita, são feitos testes diários - laboratoriais e de
paladar- para detectar se a
quantidade de açúcar já é a ideal
para a produção do vinho. Os técnicos escolhem as uvas de determinadas fileiras.
A irrigação, controlada, também é ajustada conforme a necessidade de cada fila de plantas.
A sede da vinícola foi projetada
pelo arquiteto chileno Martín Covarrubias. As curvas da fachada
aludem à cordilheira dos Andes.
Nos arredores da bodega, há uma
casa de campo típica chilena, onde são recebidos os visitantes.
Por dentro, a bodega é dividida
em salas: a de cubas -onde as
uvas são selecionadas-, a "gran
chai" -onde o vinho fica por dez
meses em tonéis de carvalho- e a
"chai barricas" -em que o vinho
permanece por mais oito meses,
também em carvalho, até chegar a
época do engarrafamento.
As máquinas de engarrafar a bebida funcionam apenas três dias
por ano, em fevereiro ou dezembro, dependendo da colheita.
São produzidas cerca de 110 mil
garrafas anualmente. Elas são armazenadas por ao menos seis meses em uma sala que, como todas
as outras, tem temperatura controlada entre 13C e 17C.
Ao fim da visita, chega a hora
mais esperada, a da degustação
desses vinhos franco-chilenos.
Quem puder e gostar vai desembolsar ali mesmo US$ 94 para
comprar uma garrafa e levar um
pouco do sabor do Chile para casa. (VIVIANE JORGE)
Almaviva - Aberto para visitação de segunda a sexta, das 9h30 às 17h30; é preciso agendar a visita enviando, por fax
(00/xx/56/2/852-5405) ou email (prinfo@almaviva.cl), as seguintes informações: nome completo, empresa em que
trabalha, cargo que ocupa, endereço,
fax, email, data e horário da visita, idioma dos visitantes, número de turistas e se o grupo tem alguma relação com a indústria vinífera. O passeio dura 45 minutos e custa US$ 20; informações: www.conchaytoro.com/company/related_almaviva.html.
Texto Anterior: Vinicultura renasceu sob a ditadura Próximo Texto: Deslizamento na neve: Portillo é embarcação atracada em mar de neve Índice
|