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ACESSIBILIDADE
Brighton remete à Inglaterra do Nobel Harold Pinter
Sociedade local, mais démodé, lembra peças do dramaturgo e ativista político inglês nascido em 1930
ESPECIAL PARA A FOLHA,
EM LONDRES
É instigante evadir-se da vertigem provocada por uma cidade tão diversificada quanto é
Londres viajando para uma Inglaterra de classe média, aquela
das peças de Harold Pinter,
dramaturgo -e também ator,
diretor, poeta e ativista político- inglês nascido em 1930 e
premiado com o Nobel de Literatura em 2005.
Basta tomar um trem da Southern Railway (www.southernrailway.com) para Brighton, na Victoria Station.
A cidadezinha é um mergulho profundo na sociedade inglesa mais démodé e identificada com o que um brasileiro
imagina ser um inglês. Mas,
atenção: o clima de veraneio
pós-vitoriano da primavera e
do outono na cidade é totalmente alterado em julho e
agosto, quando a litorânea
Brighton vira capital mundial
de cursos de inglês para jovens.
Isso na Inglaterra é um negocio de mais de 1 bilhão de libras
ao ano, sem contar as despesas
de hospedagem e alimentação,
desembolsadas por bem-intencionados pais de Beirute, Milão, Brasília e afins que querem
ver seus filhos em "full immersion" -imersão total no aprendizado do idioma.
Na hora de comer, explore os
restaurantes tradicionais. Eles
ficam na orla e servem estupendas receitas de frutos do
mar, como as moules (mariscos) de inspiração belga, que
evidenciam o quanto está próxima a influência do outro lado
do canal da Mancha. Marcas de
internacionalidade tão arraigada no passado acentuam a impressão de fugirmos da maléfica Inglaterra para estrangeiro
ver.
(MAURICIO PARONI DE CASTRO)
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