São Paulo, segunda-feira, 06 de janeiro de 2003

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Noitada inclui tour gastronômico

DA ENVIADA ESPECIAL

Há cerca de cinco anos, quem estivesse em Arraial d'Ajuda e desejasse curtir uma balada daquelas não tinha como escapar das tentações vindas do outro lado do rio Buranhém, em Porto Seguro. Até pouco tempo atrás, a única opção para quem fizesse questão de curtir uma noite bem agitada era a barraca do Parracho.
Hoje, além do Parracho, que continua funcionando a todo o vapor, a programação noturna de Arraial d'Ajuda engloba de roteiros gastronômicos, com direito a cozinha internacional, a festas regadas a música eletrônica com duração indefinida.
O ponto de partida para uma noite movimentada no povoado é a estrada do Mucugê, mais conhecida como caminho do Mar, que vai do centrinho de Arraial até a praia de Mucugê.
Nela e nos seus arredores ficam restaurantes como o Manguti, cuja especialidade é o filé mignon com nhoque, diversos bares e várias lojinhas de artistas locais, como o Espaço de Arte Galápago, do artista chileno Keko. Porém cerca de 90% dos estabelecimentos não pertencem a nativos.
Muitos restaurantes oferecem programação até altas horas. Na pizzaria Girassol, a ferveção começa por volta da 1h, quando mesas de bilhar, decoração em néon e música eletrônica tomam conta do ambiente.
No restaurante do Xaxá, esporadicamente, acontece a Corrida do Chope, competição em que duas equipes disputam quem bebe o líquido do título mais rapidamente. Os campeões ganham jantares e estadas em hotéis.
Até o público GLS tem o seu próprio templo, na Pastel & Cia, que fica no beco do Jegue. Os três lugares juntos (Xaxá, Girassol e Pastel & Cia) são chamados por nativos de "triângulo nervoso", onde rola o agito.
O beco das Cores, também no caminho do Mar, é uma espécie de shopping center a céu aberto que abriga restaurante português, sushi-bar, cachaçaria e até um bar com música ao vivo.
Para quem já conhece o Arraial d'Ajuda, é bom lembrar que a Bróduei (com essa grafia mesmo), uma pequena viela recheada da bares e restaurantes, não tem mais o glamour de antigamente, mas é um dos únicos locais onde se dança a verdadeira lambada com os nativos (outro é o Jatobar, no centrinho histórico).
Para fazer compras em Arraial e nos seus arredores, é bom levar algum dinheiro em espécie, já que nem todos os lugares do povoado aceitam cartão ou cheque. Além disso, só há agências bancárias em Porto Seguro. (CD)


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