São Paulo, segunda-feira, 06 de janeiro de 2003

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DIVERSÃO ANIMAL

Primeiro contato com pescoçuda no Safari Serengeti, que não está incluído no ingresso, assusta turista

Busch Gardens incita amizade com girafa

DO ENVIADO ESPECIAL À FLÓRIDA

Ela caminha a passos rápidos e ritmados em direção ao jipe-camionete, que está parado numa trilha acidentada, propositadamente, à sua espera. De repente, o susto. Ducks põe para fora a língua e tenta dar uma lambida no rosto de um, de dois, de três integrantes da "expedição". A esquiva é imediata, para certa frustração de Kimberly Abbott, a guia.
"Olha que graça, a girafa está tentando beijá-lo", diz Kimberly para um turista, que, sem coragem para receber o afago, quase se deita na não muito confortável caçamba. Os demais participantes gargalham.
Ducks não desiste e segue esticando o enorme pescoço, até que a guia abre uma caixa presa ao veículo, retira algumas folhas e as serve à girafa de 20 e poucos anos. O mamífero beijoqueiro devora o alimento com gosto.
Passado o sobressalto inicial, o grupo que faz parte do Serengeti Safari, uma das atrações que valem a pena em Busch Gardens, em Tampa (a uma hora de carro de Orlando), passa também a levar as plantas à boca da pescoçuda, agora já quase uma amiga.
O tour tem esse nome em alusão ao Serengeti, um parque ecológico localizado na Tanzânia (África), famoso por sua fauna diversificada, com destaque para zebras, girafas, búfalos, elefantes, rinocerontes e antílopes. Na rota em Busch Gardens (www.buschgardens.com.br), além das girafas, pode-se deparar com antílopes, rinocerontes e algumas espécies de aves, como o avestruz. Os antílopes, a exemplo do que acontece com as girafas, podem ser alimentados pelos visitantes. Aí está a parte mais divertida do safári.
Após o medo inicial desaparecer, não hesite em fazer carinhos e bater várias fotos junto da pescoçuda. Ou das pescoçudas, pois Betiti, girafinha de um ano e meio de idade, logo surge, passos menos rápidos, mas tão ritmados quanto os de Ducks, para se tornar o centro das atenções do grupo.
Durante o Serengeti Safari, o guia fica à disposição para responder às questões dos mais curiosos e presta informações gerais sobre os animais, por exemplo, que o tempo de gestação de uma girafa é de 14 meses.
Uma curiosidade: os bichos, ou a maioria deles, que vivem naquele espaço têm nome, geralmente escolhido pelos funcionários que cuidam da mãe, e atendem quando são chamados pelas vozes que estão acostumados a escutar.
Uma desvantagem desse passeio é que, como no Sea World em relação ao mergulho com tubarões, o preço não está incluído no ingresso (US$ 53,44, adultos, e US$ 43,81, crianças de 3 a 9 anos, mais US$ 8 de estacionamento).
Aliás, por ser o percurso do jipe-camionete, que dura de 30 a 40 minutos, um tanto acidentado, com vários sacolejos, a criança precisa ter ao menos cinco anos para participar do tour.
A cada saída, 20 pessoas podem embarcar na camionete. São cinco passeios diários, um de manhã e quatro à tarde, e as reservas, a um custo individual de US$ 29,99, devem ser feitas na chegada ao parque, que tem ainda uma filial em Williamsburg, na Virgínia.
Para quem não quer pagar o extra, os animais podem ser observados, mas com menos intimidade, por meio do Serengeti Express Railway, o trem que desbrava o parque, e do Skyride, o bem pouco empolgante teleférico. Ou até mesmo, para quem gosta de uma caminhada, a pé. (LUÍS CURRO)


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