São Paulo, quinta-feira, 06 de maio de 2010

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NA ÁSIA CAUCASIANA
Monumento que resume a luta pela sobrevivência dos armênios foi reinaugurado em abril em São Paulo

Obra remete aos 95 anos do genocídio

DA ENVIADA ESPECIAL À ARMÊNIA
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA

"Mesmo que acorrentem meus pés, amarrem minhas mãos, tapem minha boca, meu coração gritará por liberdade." A frase, gravada no monumento "Homenagem ao Povo Armênio", em São Paulo, resume parte do sentimento e da luta pela sobrevivência da maior parte dos armênios.
O monumento, do escultor José Jerez Recalde, foi reinaugurado no último dia 24 de abril, data em que a comunidade relembrou os 95 anos do genocídio armênio pelo Império Turco-Otomano em 1915.
Foram mortos 800 intelectuais. As autoridades otomanas expulsaram a população de suas casas e, durante três anos, aniquilaram sistematicamente 1,5 milhão de armênios -de uma população, à época, de dois milhões de pessoas.
O monumento fica na bifurcação das avenidas Santos Dumont e Tiradentes.

Sobreviventes
Os armênios que sobreviveram espalharam-se pelo mundo. Hoje somam cerca de 8 milhões os armênios e seus descendentes. Na década de 1920, 200 mil armênios buscaram refúgio em colônias armênias de países próximos, como Grécia, Egito, Iraque, Síria ou Líbano.
Alguns decidiram ir mais longe para tentar uma nova vida em lugares como França, EUA e Canadá, muitas vezes em busca de conhecidos que pudessem acolher suas famílias. Na América do Sul, os países mais procurados foram Argentina, Brasil e Uruguai. Estima-se que mais de 100 mil pessoas de origem armênia vivam no Brasil. (CASSIANA DER HAROUTIOUNIAN E JULIENNE GANANIAN)


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