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NA ÁSIA CAUCASIANA
Monumento que resume a luta pela sobrevivência dos armênios foi reinaugurado em abril em São Paulo
Obra remete aos 95 anos do genocídio
DA ENVIADA ESPECIAL À ARMÊNIA
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA
"Mesmo que acorrentem
meus pés, amarrem minhas
mãos, tapem minha boca, meu
coração gritará por liberdade."
A frase, gravada no monumento "Homenagem ao Povo Armênio", em São Paulo, resume
parte do sentimento e da luta
pela sobrevivência da maior
parte dos armênios.
O monumento, do escultor
José Jerez Recalde, foi reinaugurado no último dia 24 de
abril, data em que a comunidade relembrou os 95 anos do genocídio armênio pelo Império
Turco-Otomano em 1915.
Foram mortos 800 intelectuais. As autoridades otomanas
expulsaram a população de
suas casas e, durante três anos,
aniquilaram sistematicamente
1,5 milhão de armênios -de
uma população, à época, de dois
milhões de pessoas.
O monumento fica na bifurcação das avenidas Santos Dumont e Tiradentes.
Sobreviventes
Os armênios que sobreviveram espalharam-se pelo mundo. Hoje somam cerca de 8 milhões os armênios e seus descendentes. Na década de 1920,
200 mil armênios buscaram refúgio em colônias armênias de
países próximos, como Grécia,
Egito, Iraque, Síria ou Líbano.
Alguns decidiram ir mais
longe para tentar uma nova vida em lugares como França,
EUA e Canadá, muitas vezes
em busca de conhecidos que
pudessem acolher suas famílias. Na América do Sul, os países mais procurados foram Argentina, Brasil e Uruguai. Estima-se que mais de 100 mil pessoas de origem armênia vivam
no Brasil.
(CASSIANA DER HAROUTIOUNIAN E JULIENNE GANANIAN)
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