DO ENVIADO ESPECIAL

Entrelaçar-se em peixes e corais multicoloridos e vê-los de perto. É esse um dos grandes apelos do passeio de barco até as piscinas naturais da praia de Maragogi, formadas no meio do mar pelos recifes de corais.
Mesmo quem nunca fez snorkeling ou mergulhou "fará contato" e se aproximará das espécies marinhas. O mergulho com cilindro de oxigênio é acompanhado por um instrutor. A descida dura cerca de dez minutos e chega-se a cinco metros de profundidade.
Com uma câmera especial, outro instrutor tira fotos do mergulhador estreante dentro d'água, que, mais tarde, recebe o filme e fica encarregado de revelá-lo.
A surpresa é que quase dá para entrar debaixo dos corais e ver grandes quantidade e variedade de peixes. O inconveniente é que o turista fica preso ao instrutor, sendo guiado o tempo inteiro, sem decidir para que lado ir.
No mundo marinho, cruza-se com o saberê (listrado de amarelo), o budião (grande e azul) e a xira (prateada, com olhos grandes). Segundo o instrutor Paulo Fernando Filho, 24, esses são alguns dos 31 peixes catalogados.
O "chão" das piscinas é coberto de cascalho, formado a partir da decomposição dos corais mortos, explica o marinheiro José Gláucio Lins, 27. A área, considerada de preservação ambiental, tem a presença de educadores da ONG Recifes Costeiros, que, logo que as embarcações chegam ao local, orientam os turistas.
"Não se pode pisar ou tocar nos recifes, não se pode jogar lixo e não se pode coletar nada", avisa Erasmo Henrique Lima Rocha, 22.
Ele explica ainda que em cada trecho das piscinas encontram-se tipos diferentes de peixes e corais. "Todos os lugares são distintos e todos os dias mudam. Um mergulho nunca é igual ao outro."
Chega-se às piscinas de catamarã ou de lancha, a partir da praia de Maragogi. (AP)