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Hotel reproduz vila colonial do século 18
DA ENVIADA ESPECIAL A CURAÇAO
E FREE-LANCE PARA A FOLHA
Hospedar-se em uma minicidade colonial holandesa do século 18
tombada pela Unesco como patrimônio da humanidade é o diferencial do hotel Kurá Hulanda
(www.kurahulanda.com).
São oito quarteirões de casarões
renovados e ruas estreitas, onde
funcionam pousadas, restaurantes, cafés e lojas. A sensação é de
estar numa cidade cenográfica,
com direito a música ambiente
nos jardins da propriedade.
No total, Kurá Hulanda, que
significa "pátio holandês" em papiamento, contém 65 edifícios.
Além da vila, há spa, academia,
sala de conferências, museu e um
instituto de estudos culturais.
Nos quartos, a mobília inclui camas talhadas na Indonésia -antiga colônia holandesa-, roupa
de cama indiana e paredes pintadas por artistas locais. A diária
custa a partir de US$ 200.
Os mais afortunados pode usufruir da suíte nupcial indiana, que
tem cama, criado-mudo e cadeiras de prata, lustre de cristal e banheira de mármore para dois, por
uma diária de US$ 1.000.
O hotel é propriedade do milionário holandês Jacob Gelt Dekker. Dentista de formação, com
pós-graduação nos EUA e MBA
na Holanda, Dekker também é
empreendedor. Abriu 120 lojas de
fotos de revelação de uma hora ao
redor da Europa e, mais tarde,
vendeu tudo para a Kodak.
Em viagem à ilha, em 1998, o
empresário de 56 anos se apaixonou pelo lugar e resolveu investir
na restauração de uma mansão
antiga. Ao descobrir que ali eram
descarregados escravos oriundos
do tráfico, resolveu criar um museu antropológico (leia abaixo).
Em dez meses, a coleção que hoje
forma o museu foi reunida, e 16
casas em estilo colonial holandês
foram compradas e restauradas.
Em 1999, Dekker e um sócio
construíram um centro de conferências e, no ano seguinte, inauguraram o Instituto de Estudos
Culturais Avançados.
Com a vinda de pesquisadores e
turistas ao museu, surgiu a idéia
de construir o hotel. Por 25 anos,
Dekker se hospedou em hotéis luxuosos do mundo inteiro, o que
lhe angariou experiência em gigantes que tinham de mil a 6.000
quartos. Em resposta, criou um
microcosmo intimista, o Kurá
Hulanda.
(NMS e LGB)
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