São Paulo, quinta-feira, 07 de agosto de 2008

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VIAJAR E COMER

Chefs reprovam a comida e indicam como evitá-la

Comer antes, levar lanche ou só ingerir frutas são algumas das dicas de profissionais da gastronomia

Priscila Pastre-Rossi/Folha Imagem
Produção de comidas de avião na cozinha do LSG Sky Chefs

DA REPORTAGEM LOCAL

Eles não gostam de comida de avião. A Folha conversou com cinco chefs de cozinha e com um empresário do ramo de alimentos e a opinião foi unânime. Os motivos diferem.
Assim como as dicas para matar a fome no ar. A seguir, eles revelam o que fazem quando o apetite fala mais alto.

 

ANDREA KAUFMANN
(www.akdelicatessen.com.br)
Não provo nada no avião. Como antes de ir, no embarque. Adoro chegar à cidade morrendo de fome.

EDINHO ENGEL, DO MANACÁ
(www.restaurantemanaca.com.br)
Outro dia voei de Portugal a Salvador e tive uma surpresa: um inusitado prato de lula com batatas.
Mas é exceção. No geral, me viro com fruta e bolacha. Há um jeito de melhorar a comida: deixando-a mais artesanal e menos industrial.

INA DE ABREU
(www.mestico.com.br)
Só como frutas, salada e pão. E não pode ter molho. Porque geralmente são indigestos. Costumo levar lanches de casa, como pão integral com queijo. Mas não acho o cardápio ruim. O ruim é a execução. As companhias têm de simplificar os pratos. Omelete com verdura, por exemplo, é simples e gostoso.

LEONARDO CHIAPPETTA
(www.chiappetta.com.br)
O ambiente é um dos fatores que contribuem para uma boa refeição.
Não adianta só criticar o serviço de bordo e as companhias aéreas. Eles fazem o que dá, dentro de inúmeras restrições, como o espaço. Como comer bem se sentindo uma sardinha enlatada?

MORENA LEITE
(www.capimsanto.com.br)
Procuro comer frutas ou coisas industrializadas, como barrinhas de cereal, iogurte, torrada, chocolate, aquele queijinho que vem embalado. Prefiro isso àqueles lanches de peito de peru com requeijão. Aquele tempo todo que a comida fica parada é complicado. Uma coisa que eu sempre faço é passar, por exemplo, numa Casa do Pão de Queijo, no aeroporto, antes de embarcar. Assim já fico satisfeita e demoro para ter fome de novo.

ROBERTA SUDBRACK
(www.robertasudbrack.com.br)
Sou curiosa por natureza. Sempre aceito as refeições, pelo menos para saber do que se trata, investigar um pouco o modo de preparo e a concepção. E até para imaginar como poderia fazer para chegar a um resultado melhor e mais saboroso naquelas condições. Normalmente, o grande erro está na complexidade dos pratos. Um sanduíche de presunto e queijo preparado com cuidado pode ser até muito mais interessante do que alguma preparação complicada. Aprendi uma coisa com o meu saudoso amigo Marcelo Fromer, dos Titãs. Ele me ensinou a levar sempre, mesmo que se esteja viajando na primeira classe, um sanduíche de presunto e queijo. Sigo essa regra religiosamente e nunca me arrependi!


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