São Paulo, quinta-feira, 08 de março de 2007

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TERRA DO SEMPRE

Livros abordam menino que não cresce

"Continuação oficial" e livro que costura Peter Pan, era vitoriana e "swinging London" são lançados

Silvio Cioffi - 26.fev.1998/Folha Imagem
Estátua de Peter Pan criada por George Frampton


EM LONDRES

Peter Pan não envelhece nem morre. Para confirmar a lenda e passar para frente o mito, dois livros recém-lançados no Brasil lançam luz sobre o menininho vestido de verde.
Um deles é "Jardins de Kensington", do argentino Rodrigo Fresán (ed. Conrad, R$ 57, 520 págs.). Trata-se de um romance que parte da biografia de J.M. Barrie para contar uma história fantástica, envolvendo um herói-mirim -mágico, no estilo Harry Potter- em um cenário da Londres dos anos 60.
Por meio da aventura, Fresán estabelece uma comparação entre o período vitoriano e os anos da "swinging London". Nas duas épocas, a celebração da infância e da adolescência esteve em alta. A partir daí, Fresán pergunta-se o quanto a cultura ocidental -cinema, música pop, comportamento- ainda ecoa esses períodos e se, por fim, não acabamos por nos deixar infantilizar em demasia.

Crianças adultas
Outro lançamento é o infanto-juvenil "Peter Pan Escarlate" (ed. Moderna, R$ 35,90), resultado de um concurso promovido em 2004 pelo Great Ormond Street Hospital for Children -que detém os direitos de publicação da obra de Barrie. Trata-se de uma espécie de "continuação oficial" da história original de Peter Pan.
A autora, Geraldine McCaughrean, transportou a trama para o ano de 1926. Os garotos perdidos estão grandes, Wendy casou-se e teve filhos e Nana, a cadela-babá das crianças, já morreu há tempos. Peter, é claro, não cresceu e ainda vive na Terra do Nunca -transformada num lugar mais escuro e tenebroso. (SYLVIA COLOMBO)


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