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CASAS-MUSEU EM SP
Imóvel no Morumbi reúne jardim com espécies brasileiras e museu com obras de diferentes épocas
Fundação é oásis cultural e natural em SP
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA
A casa de arquitetura moderna e área verde do jardim, que
tem 75 mil m2, foi planejada na
década de 1950 e serviu de moradia até 1974 para o engenheiro Oscar Americano Caldas,
sua mulher, Maria Luisa Ferraz Americano, e cinco filhos.
Hoje, o local é conhecido como Fundação Maria Luisa e
Oscar Americano (www.fundacaooscaramericano.org.br). "Quando o dr. Oscar
decidiu construir a residência,
primeiro contratou um paisagista e, depois, um arquiteto.
Os dois trabalharam juntos",
conta Claudia Vada Ferreira,
gerente cultural.
O resultado visto é um parque imenso, com espécies brasileiras como pau-ferro, jerivá
e pau-brasil, todas identificadas por placas elucidativas.
"Quem está aqui nem imagina
que atrás passa uma avenida
supermovimentada", brinca
Joel Calandra, diretor administrativo, referindo-se à avenida Morumbi. E não dá para
acreditar mesmo. O espaço é
um oásis no bairro e convida a
caminhadas ao som da natureza. De duas a três vezes ao mês,
o anfiteatro recebe concertos
clássicos, aos domingos.
Na casa, a trilha sonora é música clássica. O pequeno museu
abriga obras do Brasil Colônia
e de artistas do século 20, que
pertenciam à família Americano, e uma coleção de objetos,
pinturas e documentos do Império brasileiro, parte dela adquirida pela fundação durante
um leilão na Suíça na década de
1980. Entre as pinturas da arte
colonial, destacam-se oito telas
do holandês Frans Post (1612-1680), que acompanhou a comitiva de Maurício de Nassau
na Recife da primeira metade
do século 17. Repare nos móveis d. José 1º (1750-1777), com
traços de influência portuguesa, francesa e inglesa.
Para fechar a visita, não deixe de conferir as pinturas e esculturas mais atuais, como o
crucifixo de bronze de Victor
Brecheret (1894-1955), "Campos do Jordão" (1942), óleo sobre tela de Lasar Segall (1891-1957), e "Meninos e Peões"
(1959), óleo sobre madeira de
Cândido Portinari (1903-1962).
(RAFAEL MOSNA)
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