São Paulo, quinta-feira, 08 de abril de 2010

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CASAS-MUSEU EM SP
Imóvel no Morumbi reúne jardim com espécies brasileiras e museu com obras de diferentes épocas

Fundação é oásis cultural e natural em SP

COLABORAÇÃO PARA A FOLHA

A casa de arquitetura moderna e área verde do jardim, que tem 75 mil m2, foi planejada na década de 1950 e serviu de moradia até 1974 para o engenheiro Oscar Americano Caldas, sua mulher, Maria Luisa Ferraz Americano, e cinco filhos.
Hoje, o local é conhecido como Fundação Maria Luisa e Oscar Americano (www.fundacaooscaramericano.org.br). "Quando o dr. Oscar decidiu construir a residência, primeiro contratou um paisagista e, depois, um arquiteto. Os dois trabalharam juntos", conta Claudia Vada Ferreira, gerente cultural.
O resultado visto é um parque imenso, com espécies brasileiras como pau-ferro, jerivá e pau-brasil, todas identificadas por placas elucidativas. "Quem está aqui nem imagina que atrás passa uma avenida supermovimentada", brinca Joel Calandra, diretor administrativo, referindo-se à avenida Morumbi. E não dá para acreditar mesmo. O espaço é um oásis no bairro e convida a caminhadas ao som da natureza. De duas a três vezes ao mês, o anfiteatro recebe concertos clássicos, aos domingos.
Na casa, a trilha sonora é música clássica. O pequeno museu abriga obras do Brasil Colônia e de artistas do século 20, que pertenciam à família Americano, e uma coleção de objetos, pinturas e documentos do Império brasileiro, parte dela adquirida pela fundação durante um leilão na Suíça na década de 1980. Entre as pinturas da arte colonial, destacam-se oito telas do holandês Frans Post (1612-1680), que acompanhou a comitiva de Maurício de Nassau na Recife da primeira metade do século 17. Repare nos móveis d. José 1º (1750-1777), com traços de influência portuguesa, francesa e inglesa.
Para fechar a visita, não deixe de conferir as pinturas e esculturas mais atuais, como o crucifixo de bronze de Victor Brecheret (1894-1955), "Campos do Jordão" (1942), óleo sobre tela de Lasar Segall (1891-1957), e "Meninos e Peões" (1959), óleo sobre madeira de Cândido Portinari (1903-1962). (RAFAEL MOSNA)


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