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Quem assiste à luta dos "camarotes" recebe quitutes, bonecos e saquê
DO ENVIADO ESPECIAL A TÓQUIO
O universo do sumô é basicamente elaborado por homens e
para homens. Tanto que entre
os funcionários que atendem os
espectadores nos principais locais para acompanhar as lutas
só há homens.
Mas isso não afasta o público
(inclusive feminino), que tem
vários atrativos tanto nos torneios regulares quanto nas excursões dos atletas pelo Japão.
Os locais privilegiados, próximos da área de luta, são chamados "masu-seki", espécie de
camarotes, normalmente destinados a quatro ocupantes.
Quem compra uma entrada
para esse setor ganha uma sacola de papel cheia de recordações do evento.
Recordação
Os artigos que os espectadores recebem vão de panfletos
que descrevem toda a programação a bonecos dos competidores (e passam por quitutes,
incluindo um copo de saquê).
Além das competições realizadas em Tóquio (nos meses de
janeiro, maio e setembro), as cidades de Osaka (em março),
Nagoya (em julho) e Fukuoka
(em novembro) também recebem etapas que valem pontuação no ranking.
Torcer no sumô é um programa que pode levar o dia todo,
mas a maior parte da ação
acontece à tarde.
Pela manhã (em sete dos 15
dias de competição), acontecem lutas das "divisões de base". A partir das 15h começam
as lutas entre os profissionais.
Uma hora mais tarde, é celebrada a cerimônia de entrada
dos yokozuna. E 30 minutos
depois começam os confrontos
mais aguardados do dia, entre
os rikishi de maior graduação.
De cidade em cidade
Mas os rikishi não ficam inativos entre uma competição e
outra. Eles costumam excursionar por outras cidades, que
tenham uma população de, no
mínimo, 50 mil habitantes. Há
inclusive um agenda para definir que partes do país os receberão em cada período do ano.
Nesses encontros, o clima é
mais descontraído, e o fã pode
ver de perto momentos da intimidade desses competidores.
Por exemplo, eles mostram
em público como é preso o cabelo no topo da cabeça e, às vezes, cozinham a céu aberto.
Nas excursões, o público
também tem acesso aos "akeni", as caixas em que os atletas
transportam seu material.
Nas viagens, os rikishi também gastam a voz, cantando
músicas folclóricas ligadas à
modalidade que tiveram origem no início do século 19.
(LF)
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