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Gaiolas incrementam a experiência
DA ENVIADA ESPECIAL
Tempo é relativo. Navegar por
18 horas para descer o rio Amazonas, partindo de Manaus em direção a Parintins, e outras 30 horas
para a subida, na volta, em uma
gaiola (tipo de embarcação em
que se dorme em redes) é um pulinho para os habitantes da região
do Amazonas.
Tomar um avião, cuja viagem
dura uma hora, pode ser mais
prático. A imensidão da região só
será percebida na chegada à ilha,
durante o vôo panorâmico, quando se vê um pequeno pontinho de
terra, descoberto em 1796, chamado de ilha de Tupinambarana.
Já numa gaiola, certamente, durante o trajeto o turista pode presenciar a diversidade da fauna,
acomodar-se numa rede e começar a compreender que o ritmo
em águas amazônicas é outro.
Rede
Pernoitar numa rede de uma
gaiola é a forma mais comum e
animada de ir ao festival de Parintins. É bom se certificar da segurança da embarcação.
"Tinha medo. Sempre via barcos afundando", diz Karla Raquel
de Oliveira Chaves, 22, que temia
viajar em uma gaiola com medo
de o barco virar. Após a primeira
experiência, no ano passado, a fobia passou.
O preço da viagem na rede (cada um deve ter a sua) é R$ 150, a
partir de Manaus. Há lugares em
camarote (uma cabine fechada
com banheiro), por até R$ 600,
para aqueles que preferem ter privacidade durante o trajeto -embora esse pareça ser o último desejo de quem viaja em gaiolas.
Com o rio ao fundo, um forró
anima os passageiros no deque do
barco, enfeitado com papeizinhos
coloridos. Um chuveiro refresca
os foliões brincantes.
"Todo mundo é amigo", diz
Domingos Costa Rodrigues, 58,
proprietário de um barco de 33
metros de comprimento, 31 tripulantes e 15 banheiros, que aporta
em Parintins para a festa.
Os barcos variam de tamanho,
mas as redes multicoloridas e
emaranhadas são uma marca registrada desses "hotéis-flutuantes" em Parintins. Informações
sobre embarcações que percorrem o trajeto de Manaus a Parintins podem ser obtidas pelo telefone 0/xx/92/621-4359.
(MM)
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