São Paulo, segunda-feira, 10 de novembro de 2003 |
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Maria, são Paulo e são João Evangelista teriam vivido na cidade, que falava grego, hebraico e latim Biblioteca e bordel coexistiam em Êfeso
DO ENVIADO ESPECIAL AO MEDITERRÂNEO Êfeso foi a capital da Ásia Menor no período romano e, no século 1º d.C., tinha cerca de 200 mil habitantes: depois do calvário de Cristo, a Virgem Maria, são Paulo e são João Evangelista são citados como prováveis moradores, por volta do ano 40 d.C. A julgar pela imensidão da estrada de Mármore, de 4 km, rodeada por colunas de até 8 m de altura, e pelo teatro principal, que comporta ainda hoje 24 mil espectadores, dá para ter uma idéia da importância do local, cuja visitação compreende, hoje, apenas 20% da área total do complexo. Um dos sítios arqueológicos mais intactos do mundo greco-romano, Êfeso fica nos arredores de Kusadasi, um balneário turco arrebatador diante do mar Egeu, onde vivem 30 mil habitantes -e para onde, especialmente no verão, se destinam 50 mil visitantes anualmente. As ruínas mais antigas datam de 10 a.C., numa época em que o mar chegava até Êfeso. De tão cosmopolita, a cidade, que foi refundada pelos romanos em 129 d.C., era fluente em grego, latim e hebraico. Além do Grande Teatro e da estrada de Mármore, a fachada da biblioteca de Celso, que vem sendo pacientemente remontada por arqueólogos, impressiona, com uma colunata elegante e a fachada ornamentada por estátuas de uns três metros de altura. Recém-concluída por Caio Júlio, por volta do ano 135 d.C., a biblioteca deveria guardar 150 mil livros -teria sido a terceira maior do seu tempo. Mas Êfeso encerra ainda um passado profano: Príapo, sempre alerta para o amor, deve ter vivido no bordel cujas ruínas ainda existem. (SC) Texto Anterior: Em mercado, pechinchar sem levar ofende Próximo Texto: Olímpia se apruma para jogos de 2004 Índice |
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