São Paulo, segunda-feira, 11 de fevereiro de 2002

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Gruta é museu com esculturas de gelo

DO ENVIADO ESPECIAL

Perto de Zermatt, na Klein Matterhorn ("pequena" Matterhorn, de 3.885 m), há uma gruta-museu, Gletschergrotto, com 25 metros de diâmetro, aberta há pouco menos de dois anos. O local abriga esculturas de gelo inspiradas em temas diferentes, principalmente animais (urso, cachorro são-bernardo, bode e peixes).
É a maior e mais alta gruta desse tipo no mundo, e a entrada é gratuita. No local, além das esculturas, há diversos quadros explicativos sobre procedimentos de resgate no caso de acidentes nas montanhas, em áreas isoladas ou de fácil acesso.
A exposição de ilustrações e bonecos inclui também demonstrações de salvamento com a utilização de helicóptero.
Curiosidades sobre a flora e a fauna da região recebem uma seção à parte e merecem alguns minutos de atenção do visitante. Aprende-se curiosidades, por exemplo, que até as pulgas sucumbem a uma temperatura inferior a -20 C.
O suíço Roland Bartschi, 37, que, além de padeiro, é escultor de gelo, explica que a intenção no médio prazo é ampliar a gruta e instalar novas atrações -já se vêem máquinas no local.
Bartschi, que vive em Zermatt (ele nasceu em Spiez, no centro do país), morou no Brasil por dois anos. "O calor do Nordeste faz falta", diz, com conhecimento de causa. A gruta é um dos pontos mais frios das estações de esqui suíças devido à altitude elevada.
A temperatura interna da gruta (-4 C), bem superior à externa (-15 C, em média), é mais um fator que convida o viajante a entrar. Quase não há vento no interior da caverna, ao contrário do frio cortante que espera o visitante do lado de fora. A visita recompensa os que ali se aventuram.
Há um pequeno risco de mal-estar devido à altura da Klein Matterhorn. Os sintomas incluem falta de ar, dor de cabeça, tontura e náusea. Em raras ocasiões, algumas pessoas desmaiam.
Para minimizar o risco, recomenda-se não ir ao local no dia da chegada a Zermatt. É indicado também, para quem tem problemas cardíacos, uma consulta ao médico antes de subir a uma altitude acima de 2.500 m. (PDF)


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