São Paulo, quinta-feira, 11 de agosto de 2005

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DO PÉ AO PÓ

Restaurantes usam produtos da região, como a bebida destilada nos alambiques locais, em pratos e sobremesas

Gastronomia incorpora grão e cachaça

COLABORAÇÃO PARA A FOLHA

Como se não bastasse o fato de ocuparem hectares de cultivo, o café e a cana invadiram a gastronomia fluminense.
Em Miguel Pereira, cidade que por ter temperatura amena, alto teor de oxigênio e bom índice pluviométrico foi considerada a dona do terceiro melhor clima do mundo, a parada dos famintos é o restaurante e horto Summer Garden.
Aberto há sete anos sob a batuta da psicóloga e chefe de cozinha carioca Diana Carvalho, oferece os menus Magnífica, a base da cachaça de mesmo nome, e dos Barões, com pratos que levam café. O que diferencia um cardápio do outro é somente o prato principal (entrada e sobremesa são iguais).
A entrada é formada por um drinque de laranja e gengibre feito com a cachaça Magnífica, uma cesta de pães caseiros, uma mousse de lingüiça com cachaça, pedaços de queijo fresco, manteiga e empadinhas de queijo com café.
Pensado para servir duas pessoas, o couvert do Summer Garden custa R$ 12.
Seguindo o curso da refeição, quem optar pelo cardápio da cachaça prova camarões ao curry de coco e Magnífica com arroz de canela e castanhas de caju (R$ 36) ou tilápia ao molho de batida de maracujá com arroz de camarões (R$ 29). Já os que preferirem dar uma de barão do café, escolhem entre truta ao molho de café com queijo e rosti de mandioca (R$ 26) e nhoque de mandioquinha ao molho cremoso de café, lingüiça e compota de tomate (R$ 25).
A chef sugere, como sobremesa, terrine de sorvete de capuccino e chantilly com crocante de castanhas de caju e calda de chocolate com Magnífica (R$ 10,50).
O Summer Garden abre para almoço e jantar entre quarta-feira e domingo e que, por ser capaz de atender um máximo de 40 pessoas, exige reserva antecipada.

Para sóbrios e descafeinados
Para os visitantes que não bebem álcool ou não gostam de café, a dica é subir um pouco mais a serra do Mar e almoçar na fazenda da Taquara, que fica no quilômetro 44,5 da estrada entre Barra do Piraí e Valença.
Na casa grande dessa fazenda de 130 hectares que ainda produz café e é administrada por descendentes do comendador João Pereira da Silva, pode-se comer uma feijoada servida por senhoras vestidas como mucamas do século retrasado.
A refeição, que inclui um bufê com arroz branco, salada de legumes, salada verde, carne de porco, frango, farofa, mandioca e feijão feitos no fogão a lenha e mesa de compotas de figo, banana, abóbora, carambola, mamão e pêssego feitas em panela de ferro batido, custa R$ 30. É preciso fazer reserva com ao menos um dia de antecedência.
Quem perder a hora e chegar à fazenda depois do almoço troca a feijoada por um café colonial com bolo de café ou de fubá, pães recheados com frango e lingüiça, sucos e café fresco, além da famosa torta de café e cachaça. Por esse pacote mais simples, que, assim como no almoço, também envolve a visita guiada à fazenda e requer reserva, são cobrados R$ 20 por pessoa.
(CRISTINA TARDÁGUILA FERREIRA)


Restaurantes - Summer Garden: rua Bruno Lucci, 909, Summerville, Miguel Pereira (RJ). Tel.: 0/xx/24/2484-1814; fazenda Taquara: estrada Barra do Piraí Valença, s/nš, km 44,5. Tel.: 0/xx/24/2443-1221.


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