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DO PÉ AO PÓ
Restaurantes usam produtos da região, como a bebida destilada nos alambiques locais, em pratos e sobremesas
Gastronomia incorpora grão e cachaça
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA
Como se não bastasse o fato de
ocuparem hectares de cultivo, o
café e a cana invadiram a gastronomia fluminense.
Em Miguel Pereira, cidade que
por ter temperatura amena, alto
teor de oxigênio e bom índice pluviométrico foi considerada a dona
do terceiro melhor clima do mundo, a parada dos famintos é o restaurante e horto Summer Garden.
Aberto há sete anos sob a batuta
da psicóloga e chefe de cozinha
carioca Diana Carvalho, oferece
os menus Magnífica, a base da cachaça de mesmo nome, e dos Barões, com pratos que levam café.
O que diferencia um cardápio do
outro é somente o prato principal
(entrada e sobremesa são iguais).
A entrada é formada por um
drinque de laranja e gengibre feito
com a cachaça Magnífica, uma
cesta de pães caseiros, uma mousse de lingüiça com cachaça, pedaços de queijo fresco, manteiga e
empadinhas de queijo com café.
Pensado para servir duas pessoas, o couvert do Summer Garden custa R$ 12.
Seguindo o curso da refeição,
quem optar pelo cardápio da cachaça prova camarões ao curry de
coco e Magnífica com arroz de canela e castanhas de caju (R$ 36)
ou tilápia ao molho de batida de
maracujá com arroz de camarões
(R$ 29). Já os que preferirem dar
uma de barão do café, escolhem
entre truta ao molho de café com
queijo e rosti de mandioca (R$ 26)
e nhoque de mandioquinha ao
molho cremoso de café, lingüiça e
compota de tomate (R$ 25).
A chef sugere, como sobremesa,
terrine de sorvete de capuccino e
chantilly com crocante de castanhas de caju e calda de chocolate
com Magnífica (R$ 10,50).
O Summer Garden abre para almoço e jantar entre quarta-feira e
domingo e que, por ser capaz de
atender um máximo de 40 pessoas, exige reserva antecipada.
Para sóbrios e descafeinados
Para os visitantes que não bebem álcool ou não gostam de café,
a dica é subir um pouco mais a
serra do Mar e almoçar na fazenda da Taquara, que fica no quilômetro 44,5 da estrada entre Barra
do Piraí e Valença.
Na casa grande dessa fazenda de
130 hectares que ainda produz café e é administrada por descendentes do comendador João Pereira da Silva, pode-se comer uma
feijoada servida por senhoras vestidas como mucamas do século
retrasado.
A refeição, que inclui um bufê
com arroz branco, salada de legumes, salada verde, carne de porco,
frango, farofa, mandioca e feijão
feitos no fogão a lenha e mesa de
compotas de figo, banana, abóbora, carambola, mamão e pêssego
feitas em panela de ferro batido,
custa R$ 30. É preciso fazer reserva com ao menos um dia de antecedência.
Quem perder a hora e chegar à
fazenda depois do almoço troca a
feijoada por um café colonial com
bolo de café ou de fubá, pães recheados com frango e lingüiça,
sucos e café fresco, além da famosa torta de café e cachaça. Por esse
pacote mais simples, que, assim
como no almoço, também envolve a visita guiada à fazenda e requer reserva, são cobrados R$ 20
por pessoa.
(CRISTINA TARDÁGUILA FERREIRA)
Restaurantes - Summer Garden: rua
Bruno Lucci, 909, Summerville, Miguel
Pereira (RJ). Tel.: 0/xx/24/2484-1814; fazenda Taquara: estrada Barra do Piraí Valença, s/nš, km 44,5. Tel.: 0/xx/24/2443-1221.
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