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PACÍFICO NOROESTE
Bairro chinês e mercado espelham diversidade
Cidade multirracial reúne colônias de imigrantes vindos de origens tão distantes como China e Irlanda
DO ENVIADO ESPECIAL A VANCOUVER
Britânicos, irlandeses, chineses, italianos, gregos, indianos,
japoneses: na babel populacional que forma a Vancouver
contemporânea, há imigrantes
de inúmeras origens.
O bairro chinês é o maior do
gênero no Canadá -e o segundo na América do Norte, menor
apenas do que o Chinatown de
San Francisco, na Califórnia.
Em Vancouver, desde 1986,
há até um jardim típico, inspirado em um modelo da dinastia
Ming e batizado em homenagem a Sun Yat-sen (1866-1925),
mentor intelectual do ideário
republicano chinês, que fica
perto da Central Station, no
número 578 da Carrat street.
Embora muitas pessoas tenham ido em 1999, quando
Hong Kong passou a ser controlada pela República Popular
da China, muitos dos sino-descendentes de Vancouver descendem de imigrantes que, já
nos anos 1850, foram em massa
à região da Colúmbia Britânica
para escavar ouro e construir
ferrovias. Apesar da importância de seu trabalho, a comunidade chinesa sofreu com severas leis discriminatórias.
Atualmente, estima-se que
17% dos 2,2 milhões de habitantes da região metropolitana
de Vancouver tenham a etnia
chinesa. Turística, a Chinatown se estende Carrall Street a
Gore Street.
Tombado em 1970, o vibrante bairro chinês tem, sobretudo
na Pender street, prédios, lojas,
restaurantes e doçarias típicos.
Etnias e o mercado
Já os originárias do sul da
Ásia vivem em torno do Punjabi Market. Há localidades apelidadas de Japantown, Greektown, Little Italy e Little India,
atestando que, para Vancouver,
afluíram imigrantes de todas as
partes do mundo.
O resultado palpável desse
caldeirão de etnias pode ser
atestado no mercado público
de Granville Island e nos diversos restaurantes de cidade.
Em Granville Island, no número 1.398 da Cartwright
street, o mercado público tem
pescados, como o salmão fresco
e defumado, caranguejos e lagostas enormes do Pacífico,
além de uma variedade de frutas e legumes, chás orientais e
britânicos e até marionetes e
brinquedos artesanais.
Granville Island cresceu depois da destruição de Vancouver por um incêncio, em 1886.
Muitos se mudaram para lá. O
bairro, que era reduto de serrarias e galpões, se transformou
num local que, hoje, recebe 12
milhões de visitantes por ano.
Reúne lojas hippies, peixarias independentes, lojas de
mergulho subaquático e pequenas galerias de brinquedos artesanais, companhias de teatro
e dança, além de ser sede do
Emily Carr Institute of Art +
Design (www.ecuad.ca), instituto de arte inspirada na pintora e escritora canadense que
voltou sua obra aos povos indígenas que habitavam a costa
noroeste do Pacífico.
No verão, a loja Rowands
Scuba Diving (www.rouandsreef.com), no número 1.512 da
Duranleau street, vende material e ministra cursos de mergulho credenciados pela Padi.
Ao lado do mercado, no 1.807
da Mast Tower Road, a peixaria
The Lobster Man (www.lobs
ter man.com) tem uma inimaginável seleção de crustáceos e
moluscos expostos em tanques. Para as crianças, a sugestão é a loja Kites & Puppets, no
1.496 da Cartwright street
(www.kitsandpuppets.ca),
onde há artigos como bonecos,
pipas e marionetes.
Comer, beber, ver
Almoçar ali perto, ou mesmo
dentro do mercado, é, na certa,
comer bem e gastar pouco.
À beira da água, com uma bela vista de False Creek Shore,
da ponte art déco Burrard e de
seus barcos de passeio, mesmo
em alguns balcões que servem
comida dentro do mercado, o
bairro vale uma visita.
Do lado de fora do mercado,
um destaque é o The Keg Steakhouse & Bar (www.kegsteakhouse.com), que fica no número 1.499 da Anderson street.
Serve bifes imensos, caso do
sirloin steak, e há combinações
simpáticas: para quem quiser
algo mais light, há uma sopa de
cebola e salada com queijo goat
(5,95 dólares canadenses), ou
um coquetel de camarão (9,95
dólares canadenses); já quem
tem fome de substância, pode
escolher o prato com o bife prime rib e garras de king crab
(31,95 dólares canadenses). A
sombremesa apple crumble se
revela uma saborosa torta crocante (5,95 dólares canadenses); já o café, muito ralo ( 2,75
dólares canadenses), é de
amargar.
(SILVIO CIOFFI)
PETISCOS
Do alto para baixo, restaurante com vista para o mar dentro do mercado de Granville; banca vende camarões e vermelhos e seleção de variedades de abóbora à venda no interior do prédio
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