São Paulo, segunda-feira, 12 de abril de 2004

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Crianças do pequeno povoado treinam ofício da pesca reunindo peixes em barquinhos de isopor

Pontal do Coruripe se clama "um paraíso"

Margarete Magalhães/Folha Imagem
Farol é uma das marcas da praia que tem artesãs 'famosas'


EM ALAGOAS

A tranqüilidade das praias do litoral sul é inversamente proporcional à proximidade com Maceió. Entre pops e menos pops, barulhentas e pacatas, com mais ou menos infra-estrutura, cada uma delas tem sua peculiaridade.
A 103 km da capital, o Pontal do Coruripe, no município de Coruripe, tem uma placa avisando: "O paraíso é aqui", alerta recorrente nas praias alagoanas.
A marca registrada do povoado de Pontal do Coruripe são as artesãs, o farol, os recifes e muitos pescadores em ação.
As crianças, logo cedo, pegam seus barquinhos de isopor com um compartimento para guardar a pesca do dia e concentram-se entre a piscina natural e os rochedos próximos à costa. A pesca dos adultos é sobre jangadas, lançando tarrafa no mar ou içando lagostins de cima das rochas.
É irresistível andar sobre elas, mas também é imprescindível o chinelo, pois há pontas afiadas, um perigo para os pés.
Vale seguir mais 50 km ao sul do Estado para chegar à divisa com o Sergipe e fazer um passeio pelo delta do São Francisco em Piaçabuçu. Os nativos se orgulham de ter uma cena do mercado da cidade registrada no filme "Deus é Brasileiro", de Cacá Diegues.
Bem mais perto de Maceió, as praias do Gunga (a 33 km da capital), em Barra de São Miguel, e do Francês (a 24 km de Maceió), em Marechal Deodoro, são as mais pops do litoral sul e com melhor estrutura para acolher o turista. Para entrar na do Gunga, é preciso percorrer um trecho dentro da fazenda de coco de mesmo nome, cujos donos são proprietários do hotel maceioense Enseada (www.hotelenseada.com.br).
Quem vai de carro deve ter um cartão de autorização que pode ser obtido gratuitamente no hotel da capital (av. Dr. Antônio Gouveia, 171, na Pajuçara).
O mirante do Gunga, um pouco mais à frente da entrada da fazenda em direção ao sul, é parada obrigatória. Dali, tem-se a noção da quantidade de coqueiros que emoldura a praia, que fica numa saliência limitada pelo mar e pela lagoa do Roteiro, de onde saem embarcações para o Gunga.
Cheia de quiosques e restaurantes, a praia do Francês é das mais barulhentas e onde a cada instante ambulantes, repentistas e vendedores oferecem algo. Os passeios de barco levam o turista perto dos recifes (R$ 10 por pessoa). Os guias mergulham e trazem a bordo exemplares da fauna marinha. Para ver os recifes, é preciso consultar o horário da maré baixa, pois, aos poucos, a formação será coberta pela água. Se passar da hora, o turista só conseguirá enxergar as ondas quebrando.
(MARGARETE MAGALHÃES)


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