UOL


São Paulo, segunda-feira, 13 de outubro de 2003

Texto Anterior | Próximo Texto | Índice

Passados pré-colonial e hispânico assinalam Lima

DO ENVIADO ESPECIAL

A capital peruana é forrada por pequenos sítios arqueológicos, chamados de Guacas. A cidade respeita seu passado, preservado em construções barrocas e renascentistas. A paisagem transpira o clima do período colonial, quando 25 mil pessoas habitavam Lima -hoje são quase 8 milhões.
A capital peruana foi fundada em 1535 pelo conquistador espanhol Francisco Pizarro. Surgiu à beira do rio Rímac, hoje o bairro mais tradicional da cidade, com feiras livres e alguns dos restaurantes típicos mais procurados.
No centro de Lima, mais de 500 balcões talhados em madeira em construções históricas lembram a clausura das mulheres, que não podiam sair de casa. Os balcões foram construídos no século 17 para que elas pudessem observar as ruas, ainda que por frestas.
A praça das Armas se destaca na história por ter sido o local de execução dos condenados pelo tribunal da Santa Inquisição. Hoje, é a sede do palácio do governo.
Como os ingleses, os peruanos realizam a cerimônia para troca da guarda do palácio. Todos os dias, às 12h, pessoas se aglomeram na sede do governo para ver os movimentos dos cadetes.
A duas quadras da praça das Armas, construções do século 17 exibem pátios decorados com azulejos espanhóis, como a igreja de São Francisco, erguida sob galerias subterrâneas que eram usadas como cemitério. Estreitos labirintos e ossos à vista fazem da catacumba algo chocante.
Não deixe de conhecer a igreja de Santo Domingo, onde foi fundada a primeira universidade da América do Sul, a Universidade São Marco, inaugurada em 1551.
Alguns museus guardam histórias dos povos que habitaram a região. O Museu Arqueológico Rafael Larco Herrera (http://mu seolarco.perucultural.org.pe) exibe mais de 50 mil peças em cerâmica. Peças em ouro e prata e esculturas em pedras também estão expostas. A sala erótica revela a intimidade dos antigos.
Já o Museu Amano (calle Retiro, 160) concentra obras de até 3.000 anos de idade, que demonstram técnicas de tecelagem e pintura em tecido e cerâmica. Há três visitas guiadas por dia, que devem ser agendadas. (FM)


Texto Anterior: Iquitos introduz aventura na selva peruana
Próximo Texto: Forno à lenha: Forasteiros e cerâmica moldaram Cunha
Índice


UOL
Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress.