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Passados pré-colonial e hispânico assinalam Lima
DO ENVIADO ESPECIAL
A capital peruana é forrada por
pequenos sítios arqueológicos,
chamados de Guacas. A cidade
respeita seu passado, preservado
em construções barrocas e renascentistas. A paisagem transpira o
clima do período colonial, quando 25 mil pessoas habitavam Lima -hoje são quase 8 milhões.
A capital peruana foi fundada
em 1535 pelo conquistador espanhol Francisco Pizarro. Surgiu à
beira do rio Rímac, hoje o bairro
mais tradicional da cidade, com
feiras livres e alguns dos restaurantes típicos mais procurados.
No centro de Lima, mais de 500
balcões talhados em madeira em
construções históricas lembram a
clausura das mulheres, que não
podiam sair de casa. Os balcões
foram construídos no século 17
para que elas pudessem observar
as ruas, ainda que por frestas.
A praça das Armas se destaca na
história por ter sido o local de execução dos condenados pelo tribunal da Santa Inquisição. Hoje, é a
sede do palácio do governo.
Como os ingleses, os peruanos
realizam a cerimônia para troca
da guarda do palácio. Todos os
dias, às 12h, pessoas se aglomeram na sede do governo para ver
os movimentos dos cadetes.
A duas quadras da praça das Armas, construções do século 17 exibem pátios decorados com azulejos espanhóis, como a igreja de
São Francisco, erguida sob galerias subterrâneas que eram usadas como cemitério. Estreitos labirintos e ossos à vista fazem da
catacumba algo chocante.
Não deixe de conhecer a igreja
de Santo Domingo, onde foi fundada a primeira universidade da
América do Sul, a Universidade
São Marco, inaugurada em 1551.
Alguns museus guardam histórias dos povos que habitaram a
região. O Museu Arqueológico
Rafael Larco Herrera (http://mu
seolarco.perucultural.org.pe)
exibe mais de 50 mil peças em cerâmica. Peças em ouro e prata e
esculturas em pedras também estão expostas. A sala erótica revela
a intimidade dos antigos.
Já o Museu Amano (calle Retiro,
160) concentra obras de até 3.000
anos de idade, que demonstram
técnicas de tecelagem e pintura
em tecido e cerâmica. Há três visitas guiadas por dia, que devem ser
agendadas.
(FM)
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