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"Estrangeiros" edificam pousos com cheiro bom
DA ENVIADA ESPECIAL
Na lista de forasteiros que
vieram a Cunha, a uruguaia
Ecilda Brun Silveira ganhou
fama na cidade com seu cardápio que tem de tortillas de
batata, vindas do Uruguai, a
costelinha de porco com angu, "importada" da roça.
Ela comanda o restaurante
e pousada Recanto Uruguayo, bem perto da igreja matriz. O astro é o puchero uruguaio (R$ 25, para duas pessoas), um cozido com grão-de-bico, carne, linguiças e
bacon. Para comê-lo, é preciso planejamento. O prato
deve ser encomendado dias
antes. Anexo ao restaurante,
há a pousada com o mesmo
nome, instalada em um casarão colonial.
Outro forasteiro, um paulistano que estudou turismo
e trabalhou em estrelados
hotéis da capital, montou
uma pousada no cimo de
um morro, seguindo as regras do feng shui. A estalagem Shambala é adequada
para mateiros: ali é o ponto
de partida para as trilhas.
O hotel tem parceria com
guias: um é dono de um caminhão que já viu dias piores -usado na Guerra do
Vietnã, agora desbrava cachoeiras na pacata cidade-;
outro faz passeios de jipe
(cerca de R$ 50 por pessoa).
Pratos com inspiração mediterrânea são servidos na
pousada dos Girassóis. O
jantar a céu aberto e à luz de
velas faz valer cada metro
percorrido na estrada de terra para chegar ali.
A pousada Cheiro da Terra, onde haverá, de 10 a 12/11,
uma oficina de montagem
de forno noborigama, garante a intimidade com chalés distantes uns dos outros.
Por sinal, a maioria dos
quartos nas pousadas da cidade são equipados com lareira. Nos restaurantes, os
temperos, as saladas ou as
frutas saem do quintal direto
para a mesa.
(HL)
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