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São Paulo, segunda-feira, 13 de outubro de 2003

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"Estrangeiros" edificam pousos com cheiro bom

DA ENVIADA ESPECIAL

Na lista de forasteiros que vieram a Cunha, a uruguaia Ecilda Brun Silveira ganhou fama na cidade com seu cardápio que tem de tortillas de batata, vindas do Uruguai, a costelinha de porco com angu, "importada" da roça.
Ela comanda o restaurante e pousada Recanto Uruguayo, bem perto da igreja matriz. O astro é o puchero uruguaio (R$ 25, para duas pessoas), um cozido com grão-de-bico, carne, linguiças e bacon. Para comê-lo, é preciso planejamento. O prato deve ser encomendado dias antes. Anexo ao restaurante, há a pousada com o mesmo nome, instalada em um casarão colonial.
Outro forasteiro, um paulistano que estudou turismo e trabalhou em estrelados hotéis da capital, montou uma pousada no cimo de um morro, seguindo as regras do feng shui. A estalagem Shambala é adequada para mateiros: ali é o ponto de partida para as trilhas.
O hotel tem parceria com guias: um é dono de um caminhão que já viu dias piores -usado na Guerra do Vietnã, agora desbrava cachoeiras na pacata cidade-; outro faz passeios de jipe (cerca de R$ 50 por pessoa).
Pratos com inspiração mediterrânea são servidos na pousada dos Girassóis. O jantar a céu aberto e à luz de velas faz valer cada metro percorrido na estrada de terra para chegar ali.
A pousada Cheiro da Terra, onde haverá, de 10 a 12/11, uma oficina de montagem de forno noborigama, garante a intimidade com chalés distantes uns dos outros.
Por sinal, a maioria dos quartos nas pousadas da cidade são equipados com lareira. Nos restaurantes, os temperos, as saladas ou as frutas saem do quintal direto para a mesa. (HL)


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