São Paulo, quinta-feira, 13 de novembro de 2008

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VIAS AMAZÔNICAS

Alter do Chão guarda águas cristalinas

Pólo turístico mais bem preparado do alto Tapajós é ponto de partida para ilha do Amor e ponta do Cururu

NA AMAZÔNIA

Alter do Chão, uma vila a cerca de 30 km de Santarém, é um lugar repleto de atrativos e com boa estrutura turística. A poucos degraus da praça principal é possível colocar os pés nas águas do rio Tapajós.
E, na época de menor volume d'água, de agosto a dezembro, poucos passos separam a margem do rio da ilha do Amor, uma convidativa faixa de areia branca com quiosques.
Na mesma área está o lago Verde, um cenário único e deslumbrante, ainda mais para quem vai até os igarapés que alimentam o lago. Acessíveis de lancha ou canoas motorizadas que podem ser alugadas na ilha do Amor, os igarapés são tão cristalinos que o fundo cheio de plantas coloridas é parte constante do cenário.
O mesmo acontece com os cardumes de peixe e seus movimentos velozes e coreografados. Há quem arrisque alugar um caiaque para passear no lago, ou mesmo no rio Tapajós, que tem águas calmas na maior parte do tempo.

Para ver o pôr-do-sol
De lancha, a poucos minutos da ilha do Amor, está a ponta do Cururu, um local com pôr-do-sol privilegiado, não raro acompanhado dos botos. É ali que os turistas são levados para ver o lendário animal.
Outro ponto recomendado para ver o sol se pôr é a ponta da Piroca, um pequeno morro acessível da praia do Amor. O acesso não é difícil, mas demanda algum tempo e esforço.
Em duas ou três horas, saindo da praça principal, é possível chegar ao morro, subi-lo e voltar. Quem subir até o fim terá uma vista privilegiada da imensidão amazônica e da geografia local. Mas não se esqueça de levar uma lanterna: a lua e as estrelas brilham forte no céu, mas não garantem passos seguros à noite, o que pode surpreender quem foi ver o sol descer.
Quem quer sossego deve evitar a ilha do Amor nos finais de semana, quando a praia dali fica cheia. Uma boa opção é alugar um carro; nos arredores de Alter do Chão, a poucos quilômetros do centro da vila, existem praias vazias com estradas de terra razoáveis até um ponto de acesso a pé.

Na arte e na mesa
Outro atrativo são as compras de artesanato indígena e de comunidades tradicionais; as lojinhas têm fama pela variedade e pela qualidade das peças, que vão de simples brincos e anéis até arcos, vasos, trajes e máscaras rituais.
Os restaurantes da vila e, principalmente, os quiosques, têm cardápios restritos; não raro, faltam ingredientes. Mas o peixe, os sucos feitos com as frutas locais e a farinha garantem bons momentos à mesa.
Além disso, barraquinhas na praça, principalmente nos finais de semana, garantem algumas comidas típicas do Pará, como o tacacá no tucupi -um caldo amarelo de mandioca, com jambu (folha que amortece os lábio e os fazem tremer levemente) e camarão seco.
Menos diversão está guardada para quem quer agito noturno. Mas isso não significa que as pessoas não saiam pela rua à noite. Pelo contrário, ir a barzinhos ao redor da praça principal é um ótimo programa, principalmente para conhecer e papear com os moradores locais.
(GUSTAVO VILLAS BOAS)


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