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VIAS AMAZÔNICAS
Avistar animais é o desafio dos turistas no canal do Jari
Passeio de barco passa pelo encontro dos rios Amazonas e Tapajós, com jacarés e gaviões pelo caminho
NA AMAZÔNIA
Apesar da biodiversidade,
não é tão fácil enxergar animais, como macacos ou preguiças, nas matas próximas a Alter
do Chão durante o ano inteiro.
Segundo dizem os moradores,
até mesmo a temida onça-pintada já aprendeu que é melhor
ficar longe dos homens.
Mas um dos passeios mais
procurados em locais próximos
a Alter do Chão é o que explora
o canal do Jari, que tem como
uma de suas principais atrações os animais que se concentram em uma pequena mata na
área -e são menos avessos à
aparição.
A trilha para a observação de
bichos, como preguiças, macacos e, também, muitas aves, é
bastante tranqüila de ser percorrida.
A viagem de Alter do Chão
até o canal também guarda surpresas especiais, como o encontro das águas esverdeadas
do rio Tapajós com o barrento
rio Amazonas -o canal fica
neste último, que é considerado o maior rio do mundo em
volume d'água.
Já no caminho, é possível enxergar jacarés tomando sol. E
eles não são pequenos. Outros
animais comuns são grandes
iguanas, garças e gaviões.
Na comunidade, as casas espalhadas -algumas palafitas de
madeira, outras cobertas de folhas de palmeiras- ficam bastante afastadas umas das outras. Entre elas, animais de
criação, como bois e bodes, caminham tranqüilamente.
Almoço à cabocla
O passeio pode contar também com um almoço preparado em uma das casas dos caboclos. A comida é levada pelos
turistas, que devem ir acompanhados de guias e pagar as taxas
devidas.
O tempo de viagem depende
do barco utilizado. Uma embarcação grande, como o que a
reportagem da Folha usou para o passeio, levou cerca de três
horas. O preço, que varia conforme o número de passageiros, foi de R$ 140 por pessoa.
Durante o passeio, foram servidos refrigerante, água, capirinha, frutas e bolachas.
Como o caminho passa pela
ponta do Cururu, não é incomum os viajantes combinarem
de voltar a tempo de parar no
local para tomar um banho de
rio, acompanhar o pôr-do-sol e
observar os botos, que se reúnem ali no final da tarde.
(GUSTAVO VILLAS BOAS)
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