São Paulo, quinta-feira, 13 de novembro de 2008

Texto Anterior | Próximo Texto | Índice

VIAS AMAZÔNICAS

Avistar animais é o desafio dos turistas no canal do Jari

Passeio de barco passa pelo encontro dos rios Amazonas e Tapajós, com jacarés e gaviões pelo caminho

NA AMAZÔNIA

Apesar da biodiversidade, não é tão fácil enxergar animais, como macacos ou preguiças, nas matas próximas a Alter do Chão durante o ano inteiro. Segundo dizem os moradores, até mesmo a temida onça-pintada já aprendeu que é melhor ficar longe dos homens.
Mas um dos passeios mais procurados em locais próximos a Alter do Chão é o que explora o canal do Jari, que tem como uma de suas principais atrações os animais que se concentram em uma pequena mata na área -e são menos avessos à aparição.
A trilha para a observação de bichos, como preguiças, macacos e, também, muitas aves, é bastante tranqüila de ser percorrida.
A viagem de Alter do Chão até o canal também guarda surpresas especiais, como o encontro das águas esverdeadas do rio Tapajós com o barrento rio Amazonas -o canal fica neste último, que é considerado o maior rio do mundo em volume d'água.
Já no caminho, é possível enxergar jacarés tomando sol. E eles não são pequenos. Outros animais comuns são grandes iguanas, garças e gaviões.
Na comunidade, as casas espalhadas -algumas palafitas de madeira, outras cobertas de folhas de palmeiras- ficam bastante afastadas umas das outras. Entre elas, animais de criação, como bois e bodes, caminham tranqüilamente.

Almoço à cabocla
O passeio pode contar também com um almoço preparado em uma das casas dos caboclos. A comida é levada pelos turistas, que devem ir acompanhados de guias e pagar as taxas devidas.
O tempo de viagem depende do barco utilizado. Uma embarcação grande, como o que a reportagem da Folha usou para o passeio, levou cerca de três horas. O preço, que varia conforme o número de passageiros, foi de R$ 140 por pessoa. Durante o passeio, foram servidos refrigerante, água, capirinha, frutas e bolachas.
Como o caminho passa pela ponta do Cururu, não é incomum os viajantes combinarem de voltar a tempo de parar no local para tomar um banho de rio, acompanhar o pôr-do-sol e observar os botos, que se reúnem ali no final da tarde.
(GUSTAVO VILLAS BOAS)


Texto Anterior: Vias Amazônicas: Alter do Chão guarda águas cristalinas
Próximo Texto: Vias Amazônicas: Maguari leva a samaúma milenar
Índice



Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress.