São Paulo, quinta-feira, 14 de julho de 2011 |
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Em Chicago, o mecenato financia arte e museus Famílias proeminentes pagam a conta do progresso cultural da metrópole Explore a galáxia de museus e esculturas públicas da cidade, que muitos dizem ser 'museu a céu aberto' DO ENVIADO A CHICAGO William Le Baron Jeanney criou a estrutura dos primeiros arranha-céus, em 1890, e Daniel Burnham fez o plano diretor da cidade, em 1908. Nesse meio tempo, em 1893, Dankmar Adler e Louis Sullivan edificaram o prédio da Chicago Stock Exchange e, no bojo de uma sociedade iniciada em 1881, realizaram 180 projetos em 14 anos, formando profissionais como Frank Lloyd Wright e norteando o surgimento de cidades contemporâneas. Nascido em Nova Jersey, perto de Nova York, o escritor Norman Mailer (1923-2007) chamou, com propriedade, Chicago de "última metrópole verdadeiramente americana." Mas a maior cidade do Estado de Illinois e terceira mais populosa dos EUA, depois de Nova York e Los Angeles, virou cult quando artistas estrangeiros lá criaram esculturas públicas, comissionadas por meio de mecenato. Com 2.900 hectares de parques, 31 praias e 46 km de costa para o lago Michigan, Chicago primeiro curtiu "Cabeça de Mulher" (1967), obra cubista de 163 toneladas que o espanhol Pablo Picasso assina na rua Washington, entre a Dearborn e a Clark. Depois, é verdade, veio "Flamingo", do norte-americano Calder e, a seguir, foi a vez do catalão Juan Miró, autor da estátua com figura feminina e tridente, desde 1981 diante do número 69 da rua Washington. Foi grande o frenesi quando Chicago comissionou o russo-francês Marc Chagall para fazer o mosaico "As Quatro Estações do Ano" (1974), que fica na rua Monroe, entre a Dearborn e a Clark. Agora, as atenções se voltam para o parque Millennium, num canto do parque Grant, que também hospeda uma constelação de museus. Ao lado do Instituto de Arte, o planetário Adler (www.adlerplanetarium.org), o aquário Shedd (www.sheddaquarium.org), o museu de história natural Field (www.fieldmuseum.org) também foram feitos com doações de famílias proeminentes. A família Pritzker, identificada com o prêmio considerado o Nobel da arquitetura, recém-pagou a conta da ponte BP e do teatro de concertos do parque Millennium. Será que a moda pega aqui? (SC) Texto Anterior: Encruzilhada entre o rio e o lago serve de ponto de partida Próximo Texto: Escultura de Kapoor deve ser vista das 6h às 23h Índice | Comunicar Erros |
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