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JAPÃO
Obras podem atrapalhar a visão da cúpula que fica em parque com museu e monumentos em homenagem às vítimas
Hiroshima restaura símbolo de ataque atômico
DA REDAÇÃO
Começou a ser restaurada na
semana passada, ao custo de US$
565 mil, a Cúpula da Bomba-A,
como é chamado o que restou do
Salão de Promoção Industrial de
Hiroshima após a destruição causada pela bomba atômica lançada
sobre a cidade no final da Segunda Guerra Mundial.
As reformas devem durar até
março do ano que vem. A visão da
cúpula será bastante obstruída, o
que pode desapontar os visitantes
do local, segundo Hideaki Takeshima, funcionário da cidade (a
687 km de Tóquio).
O objetivo do governo federal e
da cidade, que dividem os custos
do projeto, é proteger a construção de goteiras e da umidade que
estão danificando a sua estrutura
e deixá-la nas mesmas condições
em que ela ficou após a explosão
da bomba, em 6 de agosto de 1945.
Três dias depois, Nagasaki foi atacada, e o Japão se rendeu aos Aliados em 15 de agosto de 1945.
Localizada na confluência dos
rios Motoyasu e Ota, a Cúpula da
Bomba-A ficava perto do ponto
onde a bomba explodiu. Foi designada Patrimônio da Humanidade pela Unesco em 1996, por ser
um forte símbolo da busca de paz
mundial por mais de meio século.
Esta é a terceira vez que ela é reparada desde que Hiroshima decidiu preservá-la, em 1966.
A cúpula é parte do parque Memorial da Paz, cuja parte principal
fica em frente ao prédio, entre os
dois rios, não muito longe do castelo local. É uma área verde e tranquila, pontuada por banquinhos e
por monumentos, como o sino da
Paz, que pode ser tocado por
qualquer um. Um dos pontos altos do local, bastante visitado por
estrangeiros, é o museu Memorial
da Paz (www.pcf.city.hiroshi
ma.jp/peacesite), que conta os
efeitos da bomba por meio de fotografias, vídeos e objetos encontrados nos escombros da cidade.
A entrada é bastante barata para
os padrões japoneses, US$ 0,40.
A bomba explodiu às 8h15, a
580 m de altura do centro da cidade. Prédios foram destruídos em
um raio de dois quilômetros, matando milhares de pessoas. Além
do impacto inicial, o ataque provocou incêndios e vários problemas de saúde devido à radiação.
Até o final de 1945, 140 mil pessoas haviam morrido, de uma população de 350 mil pessoas.
Além de garrafas derretidas e
objetos retorcidos, o museu expõe roupas semiqueimadas e rasgadas de estudantes. Placas em inglês contam a história de cada um.
Desenhos e depoimentos de sobreviventes mostram o que eles
viram. Foi também preservado
um lance de degraus onde o impacto da bomba imprimiu a sombra de uma pessoa que estava sentada ali no momento da explosão.
A instituição está em campanha
para coletar mais material referente à bomba no exterior.
O museu explica ainda como
funciona uma bomba atômica e
descreve a situação das armas nucleares.
(CHIAKI KAREN TADA)
Com agências internacionais
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