São Paulo, quinta-feira, 15 de março de 2007

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FRONTEIRA DA ÍNDIA

Jodhpur cobre de azul pé de penhasco

Cor é associada à casta mais alta, os brâmanes; forte local está entre os mais impressionantes do Estado

COLABORAÇÃO PARA A FOLHA, NA ÍNDIA

Jodhpur, a antiga capital do principado de Marwar, que um dia foi o maior da região, é conhecida por seu forte e pela coloração azul predominante em seu centro histórico.
Em geral associada a membros da mais alta casta, os brâmanes, o azul também serviria como repelente de insetos.
Menos turística do que as demais cidades grandes rajastanis, Jodhpur mantém atmosfera mais medieval e intocada em seu centro histórico, um aglomerado de casas azuladas aos pés do penhasco do forte que parece obra de algum cubista.
Seus bazares movimentados ao redor da inglesa torre do relógio são alguns dos mais interessantes do Rajastão.
O forte de Meherangarh é provavelmente o mais bem preservado e impressionante de um Estado já conhecido por grandes prédios defensivos.
Ao contrário do forte de Jaisalmer, esse é desabitado e serve como museu. O acesso difícil o tornaram quase impenetrável ao longo de sua história, contada em detalhes pelo narrador nos fones da visita auto-guiada.
Em um dos sete enormes portões construídos para servir de barreira para os elefantes das tropas inimigas, estão as marcas das mãos das viúvas do marajá Man Singh, logo antes de ela praticar sati, tradição banida há quase dois séculos que previa que as viúvas se imolassem na pira do marido morto.

Festa iluminada
Um dos mais importantes feriados do calendário hindu, o Diwali, acontece em Jodhpur em meados de outubro, começo de novembro, mas a data exata varia anualmente.
No evento, todos acendem velas nas portas das casas, estouram fogos de artifício e comem muitos doces. Num estado com normas morais rígidas, chama a atenção o número de indianos embriagados na ocasião, quase sempre com doses dos fortes destilados caseiros. (PEDRO CARRILHO)


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