|
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice
ROTA 66
Assim como seu pai, o empresário David Neeleman foi missionário mórmon no país em sua juventude
Igreja ligou fundador da Azul ao Brasil
MARINA DELLA VALLE
DA REPORTAGEM LOCAL
David Neeleman, 50, fundador da Azul, nasceu em São
Paulo. Seu pai, Gary Neeleman,
havia conhecido o Brasil anos
antes, como missionário da
Igreja de Jesus Cristo dos Santos dos Últimos Dias. Encantado, resolveu voltar ao país como jornalista, e aqui teve três
de seus sete filhos.
Depois que a família voltou
para Salt Lake City, David também foi cumprir seu período
como missionário -e foi enviado ao Brasil, seu local de nascimento. Hoje em dia, divide seu
tempo entre Connecticut, onde
vive com a família, e São Paulo,
onde passa a semana.
O empresário concilia seu dia
a dia atribulado com a religião
mórmon reservando os domingos para a igreja e lendo as escrituras em família. "É preciso
saber separar as coisas, deixar
um tempo para o que é importante em sua vida", diz.
Segundo Neeleman, o período como missionário, que passou no Rio de Janeiro e no Nordeste (em Recife, João Pessoa e
Campina Grande), foi a semente da criação da Azul.
"Desde então eu sempre quis
voltar para o Brasil, fazer alguma coisa para ajudar, ter muitos funcionários. Hoje temos
1.700 pessoas trabalhando na
Azul", diz ele, que mantém dupla cidadania.
Gary Neeleman, 75, ainda vive em Salt Lake City, onde é
cônsul honorário do Brasil em
Utah há oito anos. Vem ao Brasil com menos frequência que o
filho - "três ou quatro vezes
por ano". E, por seu conhecimento sobre o país onde morou
e sua religião, acabou convocado por David para uma entrevista com a reportagem sobre a
ligação da família Neeleman
com a Igreja de Jesus Cristo
dos Santos dos Últimos Dias e o
Brasil. Leia ao lado trechos das
entrevistas concedidas à Folha, por telefone, por David
Neeleman e Gary Neeleman.
Texto Anterior: Passeio limita número de turistas Próximo Texto: Se não fosse a igreja, não saberia nada sobre o país", afirma David Neeleman Índice
|