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RAÍZES
Gêmeas conhecem parentes em aldeias do Algarve
Fotos saem do papel
no sul de Portugal
free-lance para a Folha
A primeira viagem ao exterior de
Luci Pires Jacinto, 35, pesquisadora do Museu da Imigração de São
Paulo, foi para duas aldeias em
Portugal: Águas Frias e Zambujal,
ambas no Algarve, sul do país, onde seus pais nasceram.
A oportunidade surgiu há quatro anos. Luci viajou com sua irmã
gêmea, Luciene Aparecida Pires
Jacinto, e um amigo da família. Ficaram três meses.
Seu pai, João dos Santos Jacinto,
69, imigrou para o Brasil em 1954
para trabalhar numa construtora
como pedreiro.
Três anos mais tarde, vieram a
mulher e a filha mais velha (ao todo são quatro).
"Só conhecia meus avós, tios e
primos portugueses por fotos",
afirma Luci. "Mas quem me incentivou mesmo foi a minha mãe,
pois ela sempre me falava da sua
terra natal, das histórias, do folclore e dos hábitos daquela área."
O momento mais emotivo, segundo Luci, foi o que ela conheceu
a sua avó materna, Hortence Ventura Pires, 83.
"Eu me senti representando a
minha mãe, já morta, pois ela tinha um sonho de voltar para Portugal e reencontrar sua família",
comenta.
Luci viu simbolizada no campo
uma outra lembrança. "Quando
jovem, meu pai plantou um eucalipto. Para a minha surpresa, a árvore ainda está lá. Da casa onde ele
nasceu, em Águas Frias, só restaram partes das paredes em pé."
Além de conhecer muitos parentes, Luci teve a oportunidade de
participar, na localidade de Monte
Ruivo, de uma festa rural típica
daquela região. É um evento
anual, que sempre ocorre no mês
de agosto.
"Não tem um nome. Os habitantes locais e de outras cidades vêm
passar o mês em Monte Ruivo. Há
barracas com comidas e danças,
entre outras atividades."
Luci ainda diz ter apreciado
muito a visita a Sagres, também no
Algarve. No século 15, as caravelas
portuguesas saíram desse porto
para conquistar os oceanos e novas terras.
(CSc)
Em Sagres
Como chegar: a partir de
Lisboa há vôos diários para Faro
(114 km a oeste de Sagres), com
duração de meia hora; de Lagos
(34 km a oeste), há 12 saídas de
ônibus diárias para a cidade (a
viagem dura uma hora, e a
passagem de ida e volta custa
cerca de US$ 4,60)
Onde se hospedar: o hotel da
Baleeira (tel. local 082/642-12),
tem estacionamento grátis e é
considerado um dos melhores da
cidade e cobra US$ 92 pela diária
para casal. Na pousada do Infante
(tel. local 082/642-25), o casal
desembolsa em média US$ 110
pela diária
Onde comer: o restaurante do
hotel da Baleeira prepara lagostas
e oferece vista para o mar; bolos
regionais são servidos na
residência Dom Henrique (tel.
local 082/641-33)
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