|
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice
TERRAS ALTAS
Pedra é o centro das atenções no castelo
Parte do roteiro, capela de Santa Margaret data de 1130
DA ENVIADA ESPECIAL A EDIMBURGO
O castelo de Edimburgo, no
topo da chamada Castle Rock,
domina a cidade. Como um
marco de navegação, basta registrar sua posição em relação a
ele para nunca se perder. Tudo
está para lá ou para cá do imponente prédio de pedra sobre pedra tombado como patrimônio
da humanidade pela Unesco.
É claro que é possível ficar
horas ali dentro, familiarizando-se com todos os aspectos da
complicada história real escocesa, na qual, por exemplo, James 6º da Escócia é também
James 1º do Reino Unido. E a
rainha Mary Stewart é ao mesmo tempo heroína e vilã.
Mas, se tiver pouco tempo, o
visitante deve focar suas atenções a alguns marcos essenciais
desse grande edifício, que começou a ser erguido em 1130
-data da capela de Santa Margaret- e contempla até prédios
do século 20 -caso do memorial das guerras, dos anos 1920.
Depois de ficar, como todo
mundo que entra ali, alguns minutos admirando a vista que se
tem a partir das muradas, deve-se pagar visita à capela que deu
origem ao castelo. Ela é simples, como se espera que um
prédio do século 12 seja, mas
preste atenção à decoração, que
pode passar despercebida.
Tome tempo para observar o
pequeno altar coberto de tecidos e repleto de significados
-cada cor e padrão dos panos
está ali por um motivo.
A capela foi erguida a mando
de David 1º como um lugar de
oração privado para a família
real e em homenagem à mãe
dele, Margaret, que morreu em
1093, logo depois da morte de
seu marido, Malcolm 3º.
Em seguida, a outra parada
essencial é a sala onde estão as
joias da coroa escocesa. Um trajeto com vitrines de bonecos
reconta a história das peças.
Elas foram enterradas quando
Oliver Cromwell invadiu a Escócia, em 1651, e só voltaram a
ser expostas ao público, já no
castelo, em 1822.
A coroa escocesa é uma das
mais antigas da Europa. Foi feita para James 5º, em 1540. Para
que ela fosse confeccionada, foi
derretida a coroa anterior e
acrescido mais ouro. As joias
são impressionantes, é verdade, principalmente o colar da
Ordem de Garter, com um pingente de são Jorge, confeccionado em 1807. Mas, de todos os
elementos na sala, apesar do
brilho do ouro, o que mais chama a atenção é a pedra.
Durante séculos, os reis escoceses foram coroados sobre essa pedra, em Scone, perto de
Perth. Daí o nome pedra do
Destino. Em 1296, Edward 1º,
da Inglaterra, roubou a rocha e
a levou para a abadia de Westminster. Lá, passou a ser usada
na coroação de reis ingleses.
Apenas em 1996 a pedra foi
devolvida à Escócia. Em caso de
nova coroação, ela é levada à
Inglaterra. Depois de usada, a
partir de agora, volta para seu
lugar, no castelo de Edimburgo.
Texto Anterior: Terras altas: Pequena, Edimburgo une turistas e locais Próximo Texto: Terras altas: Aromas guiam turistas pelas destilarias Índice
|