São Paulo, quinta-feira, 16 de junho de 2005

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TAXIANDO NA CAPITAL

Bairros tradicionais de Buenos Aires como Recoleta e San Telmo cresceram ao redor de igrejas

Templos contam história da fundação

DO ENVIADO ESPECIAL A BUENOS AIRES

Capital de um país fortemente influenciado pela religião católica, Buenos Aires é uma cidade pontilhada de igrejas, que contam muito de sua história. E essa influência pode ser constatada onde se formaram os primeiros bairros.
Antigo entreposto colonial e fundada inicialmente como Cidade de Trinidad (Trindade), em 1546, só depois a cidade incorporou o nome do porto de Buenos Aires, então o mais importante de todo o Vice-Reino da Prata -que englobava ainda regiões do Paraguai, Bolívia e Uruguai.
A influência religiosa na construção da capital pode ser constatada onde se constituíram os primeiros bairros. Nos longínquos tempos coloniais, principalmente no século 16, os bairros surgiram e foram crescendo ao redor das paróquias. Assim apareceram regiões representativas da vida portenha, como a Recoleta, que cresceu ao redor da basílica do Pilar (igreja da Recoleta); ou San Telmo, bairro de antiquários e feiras de antigüidades, que nasceu onde está a igreja de mesmo nome, erguida em 1734, com projeto do jesuíta Andrés Blanqui.
Os templos históricos mais importantes de Buenos Aires se localizam nos arredores da avenida de Mayo, perto da praça homônima. Aí nasceu a cidade, que, no final do século 19, já era chamada, com algum exagero, de Paris da América do Sul. Ao redor dos conventos, igrejas e mosteiros, apareceram os primeiros sinais de formação da metrópole portuária.
Visitar algumas dessas igrejas de importância histórica e flanar por naves, altares e criptas dos templos da cidade pode dar ao viajante uma boa visão da evolução portenha e também do desenvolvimento da arquitetura. A dica vale não apenas para os arraigados amantes da história mas também para quem quer ouvir boa música gastando pouco.
Algumas igrejas, como a catedral e a basílica do Pilar, têm apresentações de corais e concertos gratuitos. (RAFAEL ALVES PEREIRA)


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