São Paulo, quinta-feira, 16 de setembro de 2010

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Cruzeiro na Grécia faz última chamada

Transatlânticos de passageiros visitam a região até outubro ou novembro; alguns deles vêm, depois, ao Brasil

Destino preferido dos viajantes de navio, país é dono de 21% do movimento de cruzeiros na Europa


SILVIO CIOFFI
EDITOR DE TURISMO

Na Grécia, são inúmeros os cruzeiros que visitam, até o fim de outubro e início de novembro, o porto de Pireus, em Atenas -o terceiro maior do mar Mediterrâneo e um dos mais antigos do mundo.
Responsável por 21% do movimento de cruzeiros na Europa, o país é o destino mais procurado pelos passageiros de transatlânticos que singram o Mediterrâneo, segundo fontes oficiais.
Alguns desses navios que exploram aquelas costas vêm, a seguir, ao litoral brasileiro, para a temporada que logo mais se inicia por aqui.
Em geral, nas viagens a locais relacionados à cultura grega, o passageiro de navio embarca e desembarca em Veneza, na Itália, em roteiros de uma semana que, além de Atenas, incluem sítios arqueológicos, como Êfeso ou Olímpia, e, dependendo do cruzeiro, Santorini, Corfu, Patmos e Lindos, Mikonos e Rodes (veja à pág. F9).
Localmente, até que o outono não chega por lá, fazendo cair os termômetros, as 2.000 ilhas gregas também recebem pequenos cruzeiros regionais que partem de Atenas, uma capital caótica de 800 mil pessoas.
Ao todo, a Grécia, convulsionada pela crise econômica e pressionada a fazer reformas monetárias pela União Europeia, tem 10,2 milhões de habitantes.
Quem visita Atenas de navio em poucas horas precisa levar em conta a distância do porto de Pireus até o centro, que é de uma hora, dependendo do humor do trânsito.

PRIMEIRA PARADA
Monumental e em permanente reforma, o Partenon, edificado numa montanha calcárea que se debruça sobre a capital grega a 70 m, é o destino primeiro dos turistas, que somam 12 milhões/ano.
Refeito no século 5º a.C. por Péricles, esse templo de estilo dórico tem 31 metros de frente e 69 m de lado. Mas remonta a 447 a.C. e teve sua construção supervisionada pelo escultor Fídias.
Os gregos se ressentem, no entanto, da falta das esculturas e dos frisos que adornavam o frontão do Partenon e, desde de 1982, o Ministério da Cultura da Grécia reclama a sua repatriação perante autoridades britânicas.
Levados para Londres entre 1801 e 1803, num tempo em que Atenas estava invadida pelos turcos otomanos, as estátuas da fachada do Partenon -desmontadas em 56 blocos de pedra -foram adquiridas pelo lorde Elgin, então embaixador do Reino Unido. A Grécia estava invadida pelos turcos e as estátuas foram então expostas no Museu Britânico em 1817.
Transformada ao longo da história em mesquita e até num paiol de pólvora veneziano, que detonou em 1867, o Partenon tem, à esquerda, o templo de Eréction.


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