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Cruzeiro na Grécia faz última chamada
Transatlânticos de passageiros visitam a região até outubro ou novembro; alguns deles vêm, depois, ao Brasil
Destino preferido dos viajantes de navio, país é dono de 21% do movimento de cruzeiros na Europa
SILVIO CIOFFI
EDITOR DE TURISMO
Na Grécia, são inúmeros
os cruzeiros que visitam, até
o fim de outubro e início de
novembro, o porto de Pireus,
em Atenas -o terceiro maior
do mar Mediterrâneo e um
dos mais antigos do mundo.
Responsável por 21% do
movimento de cruzeiros na
Europa, o país é o destino
mais procurado pelos passageiros de transatlânticos que
singram o Mediterrâneo, segundo fontes oficiais.
Alguns desses navios que
exploram aquelas costas
vêm, a seguir, ao litoral brasileiro, para a temporada que
logo mais se inicia por aqui.
Em geral, nas viagens a locais relacionados à cultura
grega, o passageiro de navio
embarca e desembarca em
Veneza, na Itália, em roteiros
de uma semana que, além de
Atenas, incluem sítios arqueológicos, como Êfeso ou
Olímpia, e, dependendo do
cruzeiro, Santorini, Corfu,
Patmos e Lindos, Mikonos e
Rodes (veja à pág. F9).
Localmente, até que o outono não chega por lá, fazendo cair os termômetros, as
2.000 ilhas gregas também
recebem pequenos cruzeiros
regionais que partem de Atenas, uma capital caótica de
800 mil pessoas.
Ao todo, a Grécia, convulsionada pela crise econômica e pressionada a fazer reformas monetárias pela
União Europeia, tem 10,2 milhões de habitantes.
Quem visita Atenas de navio em poucas horas precisa
levar em conta a distância do
porto de Pireus até o centro,
que é de uma hora, dependendo do humor do trânsito.
PRIMEIRA PARADA
Monumental e em permanente reforma, o Partenon,
edificado numa montanha
calcárea que se debruça sobre a capital grega a 70 m, é o
destino primeiro dos turistas,
que somam 12 milhões/ano.
Refeito no século 5º a.C.
por Péricles, esse templo de
estilo dórico tem 31 metros de
frente e 69 m de lado. Mas remonta a 447 a.C. e teve sua
construção supervisionada
pelo escultor Fídias.
Os gregos se ressentem, no
entanto, da falta das esculturas e dos frisos que adornavam o frontão do Partenon e,
desde de 1982, o Ministério
da Cultura da Grécia reclama
a sua repatriação perante autoridades britânicas.
Levados para Londres entre 1801 e 1803, num tempo
em que Atenas estava invadida pelos turcos otomanos, as
estátuas da fachada do Partenon -desmontadas em 56
blocos de pedra -foram adquiridas pelo lorde Elgin, então embaixador do Reino
Unido. A Grécia estava invadida pelos turcos e as estátuas foram então expostas no
Museu Britânico em 1817.
Transformada ao longo da
história em mesquita e até
num paiol de pólvora veneziano, que detonou em 1867,
o Partenon tem, à esquerda,
o templo de Eréction.
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