São Paulo, quinta-feira, 16 de novembro de 2006

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ANGOLA

País investe em estrutura para alavancar turismo

REUTERS

Angola, no sul da África, quer ver os números de seu mercado de turismo subirem significativamente em três anos. Para isso, busca recuperar a infra-estrutura destruída por décadas de guerra civil. Segundo o ministro do Turismo, Eduardo Chinjunji, o plano envolve construir aeroportos, hotéis e estradas e melhorar o abastecimento de energia elétrica e água.
O segundo maior exportador de petróleo da África sub-saariana -depois da Nigéria- testemunha um boom de negócios depois de 27 anos de guerra civil, encerrada em 2002.
"Desde o fim da guerra houve um aumento de cerca de 80% nos desembarques internacionais. São mais de 204 mil estrangeiros chegando a cada ano", disse Chigunji. "Mas a maioria é de turistas de negócios. Nós não temos turistas tradicionais. Precisamos resolver os problemas de infra-estrutura para acomodá-los."
Com longas faixas de areia em sua costa atlântica, muita vida selvagem e um clima mais fresco no interior, Angola era um destino atraente para os turistas europeus, especialmente portugueses, enquanto era colônia portuguesa. Mas a guerra civil, que começou com a independência do país, em 1975, colocou um fim no setor.

Não há vagas
Turistas em Angola regularmente reclamam da falta de acomodação, e Chingunji diz que a taxa de ocupação nos hotéis da capital é de, em média, 97% ao longo do ano.
"O déficit de leitos em Luanda, capital do país, é de 3.000 a 3.500 quartos", diz. Projetos incluem um hotel de 36 andares em Luanda a ser construído pela companhia estatal de seguros, a AAA, que tem planos de erguer um total de 21 hotéis pelo país. O grupo privado angolano Sistec deve erguer hotéis em cinco Províncias. Companhias estrangeiras, como a francesa Accor e a sul-africana Southern Sun expressaram interesse em gerenciar hotéis angolanos.
Há ainda outro problema: a burocracia para conseguir vistos. Chingunji afirma que o governo está introduzindo uma nova legislação para simplificar o processo.
Preços altos para tudo, de restaurantes a táxis também afastam turistas.


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