São Paulo, quinta-feira, 17 de abril de 2008

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Iraquiano vende kebabs num bar simples do bairro

DA ENVIADA ESPECIAL A BERLIM

Modesto, com apenas três mesas, outro endereço que vale a visita em Kreuzberg é o Habibs -não se trata de uma loja da rede brasileira de fast-food, mas de um boteco berlinense de comida árabe- no número 30 da Oranienstrasse.
O pequeno restaurante é comandado pelo iraquiano Ahmid Mohamed, 39. Nascido em Bagdá e morando em Berlim há oito anos, seu carro-chefe são os kebabs. Eles custam barato ( 2,50, cada um) e equivalem a uma refeição, de tão recheados.
Fazendo uma espécie de concha no pão pita, vai de tudo na preparação dessa iguaria no restaurante de Mohamed.
Tem tomate, pepino, cebola, batata frita, iogurte e frango -esse último, retirado de uma máquina de churrasquinho grego. Refrigerantes e cervejas ficam em um refrigerador ao lado do balcão e é o próprio cliente quem se serve.
Além de pequeno e bastante barato, o lugar tem o próprio dono nos papéis de chef e garçom, o cliente é quem se vira com as bebidas e a maior parte das delícias é preparada com churrasquinho grego.
Praticamente, um "sujinho". Mesmo assim -e até por isso- visitá-lo deve fazer parte do roteiro de quem busca conhecer as diferentes "caras" de Berlim.
Experimente também, pelo mesmo preço do kebab, o falafel, especialidade árabe e israelense feita com grão-de-bico, e não deixe de pedir o ayran, saborosa bebida de iogurte.
Mohamed, que se esforça no inglês para tentar se comunicar com os turistas e diz ter saído do Iraque "por causa do Saddam", só dá a conta ao cliente depois de ele provar o chazinho de cortesia. "É para retribuir a visita", afirma. (PPR)


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