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Iraquiano vende kebabs num bar simples do bairro
DA ENVIADA ESPECIAL A BERLIM
Modesto, com apenas três
mesas, outro endereço que vale
a visita em Kreuzberg é o Habibs -não se trata de uma loja
da rede brasileira de fast-food,
mas de um boteco berlinense
de comida árabe- no número
30 da Oranienstrasse.
O pequeno restaurante é comandado pelo iraquiano Ahmid Mohamed, 39. Nascido em
Bagdá e morando em Berlim há
oito anos, seu carro-chefe são
os kebabs. Eles custam barato
( 2,50, cada um) e equivalem a
uma refeição, de tão recheados.
Fazendo uma espécie de
concha no pão pita, vai de tudo
na preparação dessa iguaria no
restaurante de Mohamed.
Tem tomate, pepino, cebola,
batata frita, iogurte e frango
-esse último, retirado de uma
máquina de churrasquinho
grego. Refrigerantes e cervejas
ficam em um refrigerador ao
lado do balcão e é o próprio
cliente quem se serve.
Além de pequeno e bastante
barato, o lugar tem o próprio
dono nos papéis de chef e garçom, o cliente é quem se vira
com as bebidas e a maior parte
das delícias é preparada com
churrasquinho grego.
Praticamente, um "sujinho".
Mesmo assim -e até por isso-
visitá-lo deve fazer parte do roteiro de quem busca conhecer
as diferentes "caras" de Berlim.
Experimente também, pelo
mesmo preço do kebab, o falafel, especialidade árabe e israelense feita com grão-de-bico, e
não deixe de pedir o ayran, saborosa bebida de iogurte.
Mohamed, que se esforça no
inglês para tentar se comunicar
com os turistas e diz ter saído
do Iraque "por causa do Saddam", só dá a conta ao cliente
depois de ele provar o chazinho
de cortesia. "É para retribuir a
visita", afirma.
(PPR)
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