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Destino Grécia
Sítios arqueológicos, como o de Akrotiri, conservado por lava vulcânica, dividem a atenção com as praias
Pôr-do-sol de Oía guia turista até a ponta da ilha
Fabio Marra/Folha Imagem
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Entardecer em Oía, a 10 km de Fira, é disputado entre visitantes de Santorini |
DO ENVIADO ESPECIAL À GRÉCIA
Final de tarde, e os ônibus
que vão para Oía, a 10 km da capital, na ponta de Santorini, estão cheios de turistas. Objetivo:
assistir ao espetáculo do pôr-do-sol, que, lentamente, ocorre
atrás das dezenas de restaurantes na beira do penhasco.
A partir do centro de Oía, é
preciso caminhar 15 minutos
por estreita ruas. No ziguezague das vielas no penhasco, o
corpo e a mente se voltam para
o mar e para o cenário de casas
brancas com flores na janela.
São casarões que se misturam a
igrejas. Com o domo pintado
em azul, destaca-se a igreja de
Ayios Sóson, de 1680.
Praias
Entre um passeio e outro, nada melhor do que uma parada
numa das praias da ilha. Karteados, a 2 km do centro, é a
mais próxima de Fira, mas as
mais procuradas são Kamari,
balneário turístico distante 10
km do centro, e Perissa, a 8 km
da capital. As duas são bem parecidas. Ambas são forradas
por uma mistura de areia e pedra vulcânica e quase não têm
ondas. Dezenas de bares, restaurantes e pousadas se espalham pela orla.
Sítios arqueológicos
Fira antiga fica 300 metros
acima do nível do mar. O caminho para a praia de Kamari
guarda ruínas de prédios e templos do centro da ilha nos séculos 4º e 3º a.C. Objetos como vasos, moedas e esculturas foram
levados ao Museu Nacional de
Arqueologia, em Atenas.
Outro sítio arqueológico interessante é Akrotiri. Durante a
Idade Média, essa foi uma das
fortalezas da ilha contra invasores. As escavações começaram em 1967, e o que se descobriu foi uma cidade inteira enterrada sob toneladas de cinzas
vulcânicas. Tudo, aparentemente de 1500 a.C., estava preservado. Os testemunhos arqueológicos indicam que um
terremoto seguido de uma
erupção vulcânica encobriu o
vilarejo. Estudos mostram que
os moradores abandonaram as
casas pouco antes da erupção; o
que justifica a ausência de esqueletos humanos e de animais. Os moradores teriam levado com eles os objetos de
maior valor, como jóias. Mas
ainda hoje os estudiosos não
conseguiram decifrar qual foi o
destino dos habitantes da ilha
nem onde teriam se abrigado.
Restaram prédios, um moinho, uma olaria e utensílios domésticos. Afrescos e murais
pintados por volta de 1500 a.C.
foram preservados pela lava. Os
mais conhecidos são "O Jovem
Pescador", que retrata um rapaz segurando peixes azuis e
amarelos, e os "Jovens Boxeadores", que mostra a luta entre
dois rapazes. Ambos estão no
Museu Nacional de Arqueologia.
(FABIO MARRA)
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