São Paulo, quinta-feira, 18 de janeiro de 2007

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SP 453

Sozinho, visitante aprofunda atrações

Conhecer além do térreo dos centros culturais e ditar ritmo são vantagens de não passear em grupo

DA REPORTAGEM LOCAL

Poder dosar o tempo gasto em cada atração é a vantagem mais óbvia de você fazer um passeio sozinho, com folhetos, e não em grupo, com guias. Livre de ter que acompanhar o pelotão, você também pode descansar as panturrilhas na hora que lhe apetecer.
Corre-se, no entanto, o risco de passar pelo cruzamento da avenida São João com a São Bento ignorando que ali está o edifício Martinelli, primeiro e mais alto arranha-céu paulistano até hoje, com seus 51 andares e 170 metros. Ou que a lanchonete Lambro é uma das mais tradicionais da cidade. Essa nem o Google sabe, afinal.
Este repórter esteve em uma das CITs (central de informação turística) da cidade e se fingiu incauto. Estava hospedado no centro, com três dias de São Paulo pela frente, e não tinha idéia do que fazer.
Não havia turistas por ali, e a atendente deu atenciosos 45 minutos de explicação -boa parte deles sobre um "walking tour" pelo centro histórico.
A funcionária estava atualizada, por exemplo, sobre a exposição que estava acontecendo no térreo do edifício Banespa (o 3º maior de São Paulo, com terraço aberto ao público), mas esqueceu de informar que o teatro Municipal estava fechado para restauração, ao indicá-lo entre as atrações.
O mapa do folheto da CIT sobre o centro traz desenhados os principais pontos turísticos, mas não menciona o horário de abertura de alguns. Resultou disso o prejuízo de chegar ao pátio do Colégio às 16h50 e não poder apreciar as obras do museu, que fecha às 17h. Restou o consolo de tomar um breve cafezinho na lanchonete anexa.
Mas também houve o benefício de gastar mais tempo nos centros culturais e de tirar fotos sem pressa -talvez porque estamos no começo de janeiro, e os calçadões da capital andam mais vazios que a média, mas o repórter continuou parecendo incauto na rua, com folhetos e máquina fotográfica para fora dos bolsos, e não sentiu o menor risco de ser assaltado.
Uma dica é passar nas CITs na sexta-feira, quando chegam folhetos atualizados sobre a programação da cidade.
(THIAGO MOMM)


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