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PÉROLAS AO MAR
Arquipélagos ocupam 2,5 milhões de quilômetros quadrados, dos quais só 4.167 km2 são terra firme
Navio é melhor meio de explorar a região
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA, NA POLINÉSIA FRANCESA
Chamar a Polinésia Francesa de
território tem alguma coisa que
não calça. Também não existe a
palavra "maritório", que seria
mais justa e adequada.
Como chamar, então, um lugar
composto por cinco arquipélagos, com 118 ilhas em 2,5 milhões
de quilômetros quadrados, dos
quais só 4.167 km2 são terra firme?
Convenhamos, território não é
mesmo o termo certo.
Tampouco é correto chamar de
Taiti toda a Polinésia. Ele é tão só
uma das ilhas do arquipélago da
Sociedade, onde está localizada a
capital, Papeete.
Com tanto mar, o correto, isso
sim, é conhecer essa região navegando, como nos navios gêmeos
Tu Moana e Tia Moana, recentemente lançados, que pertencem à
Bora Bora Cruises (www.boraboracruises.com), em aliança com a
mítica empresa Orient Express,
sinônimo de viagens de luxo.
Nada mais apropriado do que o
nome dessas embarcações: moana quer dizer mar, em idioma taitiano. A decoração é sóbria e funcional. Todas as cabines têm cama king size com lençóis de algodão, TV de plasma, DVD, aparelho de som, janela ampla e, nas
paredes, fotos da vida polinésia
em preto-e-branco.
Os navios têm capacidade para
60 passageiros (30 quartos), atendidos por 38 tripulantes de uma
cordialidade ímpar. Há cinco deques -dois com jacuzzis-, dois
bares, restaurante, salão de jogos
e livraria.
A viagem começa e termina em
Bora Bora e passa por Huahine,
Raiatea e Tahaa, em sete dias que
passam rapidamente.
Não se devem adiantar as surpresas -e nessa viagem cada dia
tem mais de uma. Seja o café da
manhã na praia, o show noturno
com sessão de cinema numa ilhota solitária de Bora Bora, o passeio
para alimentar os tubarões ou
aqueles singelos mergulhos de
snorkel e máscara -onde o mundo submarino se abre como um
véu de cristal mágico.
Cada ilha tem seu encanto. Em
uma, são as preciosas pérolas negras, em outra, a aventura em jipe
4x4, em mais uma, o piquenique
na praia, com comidas típicas taitianas, como o poison cru e o aihmaa, carnes, peixes e vegetais cozidos lentamente num buraco
com pedras quentes.
A gastronomia de bordo é mais
um prazer. O chef Jean-Michel
Braesch veio da Alsácia (França).
Ele passou por diferentes Relais et
Châteaux, também por Gestaad e
pelo famoso Moulins de Mougins, do renomado Roger Vergé,
na Riviera Francesa.
A carta de vinhos passeia pelo
que há de melhor da França ao
Chile, passando por Austrália e
África do Sul. E, o que é mais importante, os vinhos tomados no
almoço ou no jantar estão incluídos no valor da passagem, bem
como refeições, bebidas não-alcoólicas do frigobar, sucos e refrigerantes a qualquer hora do dia e
passeios -no mínimo dois por
dia durante todo o cruzeiro. Outro detalhe interessante para os
brasileiros é que parte da tripulação fala espanhol.
(JAIME BORQUEZ)
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