São Paulo, segunda-feira, 18 de novembro de 2002

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LADO A

Tour de jipe, tirolesa, rapel e manobras de lancha à beira das cataratas tornam experiências emocionantes e molhadas

Passeios em Iguazu estimulam adrenalina

DA ENVIADA ESPECIAL A PUERTO IGUAZU

Além dos passeios que podem ser feitos por conta própria dentro do Parque Nacional Iguazu, algumas empresas de turismo oferecem pacotes para turnês românticas, ecológicas ou de aventura -por terra ou por água.
Para quem busca emoções fortes, o La Grand Aventura dura cerca de quatro horas e meia e é feito metade por terra, dentro da selva, e metade por água, em uma lancha que sobe o rio Iguaçu em direção às cataratas.
Na primeira parte do programa, o visitante percorre de jipe parte da mata preservada. A vegetação exuberante e a grande possibilidade de trombar com lagartos, tucanos e macacos, bem como as informações sobre as árvores nativas e os pássaros, são valiosas para os curiosos e os ecologicamente engajados. O jipe deixa o visitante na margem argentina do Iguaçu. A partir daí, uma lancha com capacidade para mais de 15 pessoas sobe o rio em direção às cataratas, enfrentando a força das águas turvas do Iguaçu e desviando das pedras que agitam a correnteza.
Após algumas manobras -que por si só já disparam os corações mais valentes-, o barco ruma para o pé de duas grandes quedas-d'água -a San Martin e a Três Mosqueteiros- e mete o visitante debaixo de uma ducha intensa que recobre (e encharca) tudo ao seu redor. Mais uma manobra e a certeza de que o barco se chocaria com as rochas detrás da cachoeira ganha tom de pegadinha -e de alívio, é claro. Para relaxar, quando o volume de água do rio não está alto, pode-se parar na prainha da ilha San Martin, em frente às quedas. O passeio custa R$ 70. Se você é medroso, fuja.
Também na linha das ecoaventuras estão o rapel em uma cachoeira de 18 m de altura, no meio da mata, aonde se chega de jipe, e a tirolesa, estrutura que liga duas árvores enormes por um cabo de aço a 20 m do chão.
Na tirolesa, o visitante usa equipamentos de alpinismo e é enganchado em uma roldana, presa ao cabo, que o faz deslizar de uma árvore a outra, proporcionando uma visão privilegiada das copas das árvores com segurança e sem ter de colocar suas habilidades motoras à prova. O roteiro de jipe com rapel e tirolesa, disponível para casais ou para grupos de até 11 turistas, custa R$ 30 por pessoa.
A Águas Grandes (www.aguas grandes.com) e a Jungle Explorer, empresas que oferecem tais roteiros, também fazem passeios de bicicleta pela selva.

Sem adrenalina
Bem mais tranquilo é o passeio pelo trecho do rio localizado bem antes das cataratas do rio Iguaçu, realizado em bote a remo. Do rio é possível apreciar a mata das margens e encontrar visitantes inesperados, como um dos jacarés que habitam a região. A turnê pelas margens do rio dura pouco mais de 30 minutos e custa R$ 15.
Para casais em clima romântico, durante três dias por mês, é oferecido o passeio da lua cheia pela Garganta do Diabo. O visitante pega o trenzinho até a estação da garganta e segue por passarelas até vislumbrar a espuma prateada da queda-d'água. Na volta, o turista é presenteado com um drinque e tem a opção de jantar no restaurante La Selva, dentro do parque. O passeio custa R$ 15 (R$ 25 com jantar).
Há passeios de catamarã pelas águas sossegadas do rio Paraná, o sétimo do planeta em extensão, por R$ 13. A embarcação, com capacidade para 350 pessoas, sai às terças, às quintas e aos domingos, às 16h30, do porto de Puerto Iguazu e vai até a ilha Acaraí, no Paraguai, passando pelo ponto exato onde a natureza dividiu Brasil, Argentina e Paraguai, e as águas marrons do rio Iguaçu encontram as claras do rio Paraná.

O que levar
É imprescindível vestir roupas confortáveis, que possam sujar sem problema, e sapatos adequados para caminhadas em qualquer um dos passeios. Água e repelente são dois itens que não podem faltar na mochila.
Os passeios a pé muito próximos às cataratas e a visita à Garganta do Diabo molham mesmo. Há quem opte por capas de chuva e há quem, nos dias mais quentes, vá de maiô ou de biquíni por baixo para um banho no vapor de água produzido pelas quedas.
Já no passeio La Grand Aventura, a coisa é mais séria. Como o barco vai para baixo das cataratas, dizer que molha é pouco. O barco e tudo o que está dentro dele -incluindo aí os turistas- são encharcados. Não há capa de chuva que proteja totalmente quem opta por esse passeio. Portanto recomenda-se roupa de banho por baixo ou uma troca de roupa na mochila (que deve ser envolta em sacos plásticos). O cuidado deve ser dobrado também com câmeras fotográficas e filmadoras (se não estiver certo de que um saco plástico vá resolver, não hesite em usar logo dois).
Informações sobre os passeios na Gatti Turismo, tel. 0/xx/45/ 572-3677. (FERNANDA MENA)


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