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LADO A
Tour de jipe, tirolesa, rapel e manobras de lancha à beira das cataratas tornam experiências emocionantes e molhadas
Passeios em Iguazu estimulam adrenalina
DA ENVIADA ESPECIAL A PUERTO IGUAZU
Além dos passeios que podem
ser feitos por conta própria dentro do Parque Nacional Iguazu,
algumas empresas de turismo
oferecem pacotes para turnês românticas, ecológicas ou de aventura -por terra ou por água.
Para quem busca emoções fortes, o La Grand Aventura dura
cerca de quatro horas e meia e é
feito metade por terra, dentro da
selva, e metade por água, em uma
lancha que sobe o rio Iguaçu em
direção às cataratas.
Na primeira parte do programa,
o visitante percorre de jipe parte
da mata preservada. A vegetação
exuberante e a grande possibilidade de trombar com lagartos, tucanos e macacos, bem como as informações sobre as árvores nativas e os pássaros, são valiosas para os curiosos e os ecologicamente
engajados. O jipe deixa o visitante
na margem argentina do Iguaçu.
A partir daí, uma lancha com capacidade para mais de 15 pessoas
sobe o rio em direção às cataratas,
enfrentando a força das águas turvas do Iguaçu e desviando das pedras que agitam a correnteza.
Após algumas manobras -que
por si só já disparam os corações
mais valentes-, o barco ruma
para o pé de duas grandes quedas-d'água -a San Martin e a
Três Mosqueteiros- e mete o visitante debaixo de uma ducha intensa que recobre (e encharca) tudo ao seu redor. Mais uma manobra e a certeza de que o barco se
chocaria com as rochas detrás da
cachoeira ganha tom de pegadinha -e de alívio, é claro. Para relaxar, quando o volume de água
do rio não está alto, pode-se parar
na prainha da ilha San Martin, em
frente às quedas. O passeio custa
R$ 70. Se você é medroso, fuja.
Também na linha das ecoaventuras estão o rapel em uma cachoeira de 18 m de altura, no meio
da mata, aonde se chega de jipe, e
a tirolesa, estrutura que liga duas
árvores enormes por um cabo de
aço a 20 m do chão.
Na tirolesa, o visitante usa equipamentos de alpinismo e é enganchado em uma roldana, presa ao
cabo, que o faz deslizar de uma árvore a outra, proporcionando
uma visão privilegiada das copas
das árvores com segurança e sem
ter de colocar suas habilidades
motoras à prova. O roteiro de jipe
com rapel e tirolesa, disponível
para casais ou para grupos de até
11 turistas, custa R$ 30 por pessoa.
A Águas Grandes (www.aguas
grandes.com) e a Jungle Explorer, empresas que oferecem tais
roteiros, também fazem passeios
de bicicleta pela selva.
Sem adrenalina
Bem mais tranquilo é o passeio
pelo trecho do rio localizado bem
antes das cataratas do rio Iguaçu,
realizado em bote a remo. Do rio é
possível apreciar a mata das margens e encontrar visitantes inesperados, como um dos jacarés
que habitam a região. A turnê pelas margens do rio dura pouco
mais de 30 minutos e custa R$ 15.
Para casais em clima romântico,
durante três dias por mês, é oferecido o passeio da lua cheia pela
Garganta do Diabo. O visitante
pega o trenzinho até a estação da
garganta e segue por passarelas
até vislumbrar a espuma prateada
da queda-d'água. Na volta, o turista é presenteado com um drinque e tem a opção de jantar no
restaurante La Selva, dentro do
parque. O passeio custa R$ 15 (R$
25 com jantar).
Há passeios de catamarã pelas
águas sossegadas do rio Paraná, o
sétimo do planeta em extensão,
por R$ 13. A embarcação, com capacidade para 350 pessoas, sai às
terças, às quintas e aos domingos,
às 16h30, do porto de Puerto Iguazu e vai até a ilha Acaraí, no Paraguai, passando pelo ponto exato
onde a natureza dividiu Brasil,
Argentina e Paraguai, e as águas
marrons do rio Iguaçu encontram as claras do rio Paraná.
O que levar
É imprescindível vestir roupas
confortáveis, que possam sujar
sem problema, e sapatos adequados para caminhadas em qualquer um dos passeios. Água e repelente são dois itens que não podem faltar na mochila.
Os passeios a pé muito próximos às cataratas e a visita à Garganta do Diabo molham mesmo.
Há quem opte por capas de chuva
e há quem, nos dias mais quentes,
vá de maiô ou de biquíni por baixo para um banho no vapor de
água produzido pelas quedas.
Já no passeio La Grand Aventura, a coisa é mais séria. Como o
barco vai para baixo das cataratas,
dizer que molha é pouco. O barco
e tudo o que está dentro dele
-incluindo aí os turistas- são
encharcados. Não há capa de chuva que proteja totalmente quem
opta por esse passeio. Portanto
recomenda-se roupa de banho
por baixo ou uma troca de roupa
na mochila (que deve ser envolta
em sacos plásticos). O cuidado
deve ser dobrado também com
câmeras fotográficas e filmadoras
(se não estiver certo de que um saco plástico vá resolver, não hesite
em usar logo dois).
Informações sobre os passeios
na Gatti Turismo, tel. 0/xx/45/
572-3677.
(FERNANDA MENA)
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