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Bussaco enobrece até turista plebeu
DA ENVIADA ESPECIAL
Se as ruínas dos castelos lusos
servem de pano de fundo para as
fotos dos álbuns de casamento, o
palácio de Bussaco (www.almeidahotels.com) permite que os
enamorados tenham noite de reis.
Convertido em hotel nos anos
1910, a construção, a 24 km de
Coimbra, foi encomendada em
1888 pelo rei dom Carlos para se
tornar sua morada de caça, mas o
próprio morreu antes de desfrutar do edifício. Três anos após a
conclusão das obras, em 1907, foi
instaurada a República no país e a
nobreza perdeu o imóvel.
Hoje a suíte Dom Carlos, outrora destinada ao soberano, custa
1.050 para o casal que deseja se
sentir nobre por uma noite. Tem
estilo Luis 16, salas de estar e de
jantar e banheiro da época. Mas
não é preciso tanto dinheiro para
se deitar entre paredes aristocráticas. As diárias dos quartos duplos
mais baratos saem por 165 por
casal. Os 200 dormitórios originais se reduziram a 64 após a
adaptação para hotel por causa da
construção das salas de banho
(veja tel. na pág. F4).
Mas dá para ter um gostinho da
vida fidalga ao almoçar e passar a
tarde no Bussaco. O menu degustação custa 40, com entrada,
prato principal e sobremesa.
O preço do vinho com o rótulo
da casa varia de 25 (o tinto da
safra de 1999) a 331 (tinto de
1945 ou o branco de 1944) e só pode ser consumido no local. Os
apreciadores da bebida não a podem levar para casa porque sua
conservação de maneira incorreta
poderia comprometer seu sabor,
alegam os produtores.
Calma, se mesmo a refeição tem
um valor salgado, você pode apreciar as belas curvas neomanoelinas do palácio por fora, desembolsando 2 para entrar na Mata
Nacional do Buçaco, uma floresta
com uma infindável variedade de
espécies vegetais e equipada com
mesas para saborear o farnel trazido de casa (ou do hotel).
Tais visitantes já ficarão felizes
em passear pelos jardins do palácio, ainda mais exuberantes nesta
época do ano, pelo contraste das
rosas coloridas com os verdes e
bem esculpidos arbustos.
(MV)
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