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Alpaca é revista por estilistas em criações de moda
DA ENVIADA ESPECIAL
Itens que encabeçam a lista
de compras do viajante ao Peru,
agasalhos de lã de alpaca são
encontrados por R$ 50. A alpaca, um animal da família dos camelídeos, tem pêlos longos e finos, que são transformados em
blusas, ponchos e cachecóis
macios e delicados.
Nos shoppings de artesanato
espalhados por todos os lugares, é fácil encontrar peças simples, em geral com um certo
apelo folclórico, como ponchos.
Onipresente, a Alpaca 111
(www.alpaca111.com) vende
peças menos folclóricas, mais
clássicas e mais caras. Nessas
lojas é possível encontrar itens
de vicunha, fibra mais fina.
Há, no entanto, criadores
que trabalham com essas fibras
em coleções de moda.
O exemplo peruano mais célebre é Jose Miguel Valdivia
(josemiguelvaldivia.com),
estilista que nos anos 1990 estudou na França e hoje tem
uma grife no bairro de Miraflores. Valdivia trabalha com três
"universos", como ele chama.
Em um deles, o "made in Peru",
ele explora a alpaca usando
motivos peruanos com outras
referências. São peças que deixam claro de onde vieram, sem,
no entanto, ser típicas.
Outra estilista que transforma a fibra de alpaca e o folclore
em coleções de moda é a chilena Valeska Ravlic, da grife Kanthaka (www.kanthaka.com).
Ela visita comunidades da Bolívia e do Peru em busca de técnicas ancestrais, que depois
emprega na confecção de peças
elaboradas e contemporâneas.
Há ainda a Qáytu, de Mirva
Trujillo, que resgata as técnicas
de fiação e tecelagem das comunidades "alpaqueiras" do
povoado de Vichaycocha. De
um lado, Trujillo aprende a tecer com as mulheres; do outro,
apresenta a elas o mercado e as
estimula a melhorar a técnica.
O intercâmbio resultou na
sua marca, que vende, além de
peças de roupa, fios puros ou
mesclados com algodão. As peças, no entanto, não são tão elaboradas. Não há propriamente
uma proposta de moda, uma
vez que são exemplares com
formas iguais às das peças encontradas nos "mercados de
artesanias". Ainda assim, vale
conferir o site www.qaytu.com.
(HL)
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