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São Paulo, segunda-feira, 21 de abril de 2003

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Mulher não precisa virar Juma para sobreviver

DA ENVIADA ESPECIAL

Homens pescando no rio. Esqueça essa imagem quando pensar em Pantanal. Não que eles tenham parado de ir à região, mas há tempos a terra do tuiuiú deixou de ser "coisa de homem". O público feminino hoje representa quase a metade dos turistas que vão aos hotéis-fazendas locais.
A mulher que vai hoje ao Pantanal não precisa se transformar em Juma para sobreviver. Além de boa estrutura, os hotéis-fazendas possuem um clima familiar.
O hóspede pode elogiar a deliciosa comida diretamente na cozinha, ouvir causos dos moradores ou a viola pantaneira como se estivesse na sala de casa.
A imagem de um Pantanal inóspito, criada graças à presença de jacarés, sucuris ou onças, é quebrada no primeiro dia de viagem.
Se o passeio for realizado com um bom guia -muitos deles são mulheres-, é possível identificar um tipo de gavião no alto da árvore ou o grito de mulher desesperada do urutau -um pássaro que se camufla na casca das árvores.
Apenas os insetos não agradam. Principalmente na cheia (outubro a março), eles são implacáveis. Mas deixam de incomodar quando se reaplica o repelente.
Já o primeiro encontro com um jacaré é tenso. O filme "Aligator" não sai da cabeça, embora os guias insistam que eles não correriam atrás de humanos se podem engolir peixes nas corredeiras. Impressiona a imagem de mais de dez deles, lado a lado, com as bocas abertas na água corrente. Depois, nadar com um jacaré a 10 m de distância fica natural. (ML)


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