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Mulher não precisa virar Juma para sobreviver
DA ENVIADA ESPECIAL
Homens pescando no rio. Esqueça essa imagem quando pensar em Pantanal. Não que eles tenham parado de ir à região, mas
há tempos a terra do tuiuiú deixou de ser "coisa de homem". O
público feminino hoje representa
quase a metade dos turistas que
vão aos hotéis-fazendas locais.
A mulher que vai hoje ao Pantanal não precisa se transformar em
Juma para sobreviver. Além de
boa estrutura, os hotéis-fazendas
possuem um clima familiar.
O hóspede pode elogiar a deliciosa comida diretamente na cozinha, ouvir causos dos moradores ou a viola pantaneira como se
estivesse na sala de casa.
A imagem de um Pantanal inóspito, criada graças à presença de
jacarés, sucuris ou onças, é quebrada no primeiro dia de viagem.
Se o passeio for realizado com
um bom guia -muitos deles são
mulheres-, é possível identificar
um tipo de gavião no alto da árvore ou o grito de mulher desesperada do urutau -um pássaro que
se camufla na casca das árvores.
Apenas os insetos não agradam.
Principalmente na cheia (outubro
a março), eles são implacáveis.
Mas deixam de incomodar quando se reaplica o repelente.
Já o primeiro encontro com um
jacaré é tenso. O filme "Aligator"
não sai da cabeça, embora os
guias insistam que eles não correriam atrás de humanos se podem
engolir peixes nas corredeiras.
Impressiona a imagem de mais de
dez deles, lado a lado, com as bocas abertas na água corrente. Depois, nadar com um jacaré a 10 m
de distância fica natural.
(ML)
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