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São Paulo, segunda-feira, 21 de abril de 2003

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De instrumento de trabalho, laço vira um desafio

DA ENVIADA ESPECIAL

O laço, que antes era apenas um instrumento de trabalho, tem criado uma nova motivação para o pantaneiro. No Mato Grosso do Sul têm se proliferado festas cujo foco é a disputa do laço.
As festas costumam durar mais de um dia. O fazendeiro que a oferece cede a comida, com muita carne, o local para os peões ficarem e a arena da competição. Sempre há também bailes.
No Refúgio Ecológico Caiman, por exemplo, a festa acontece em julho e marca o fim do árduo trabalho de recolher o gado para vacinação e marcação.
O treinamento dos competidores é feito no dia-a-dia, quando o pantaneiro desenvolve a habilidade de laçar, muito útil para resgatar um boi fujão.
As crianças, desde cedo, são iniciadas na arte. Nas competições, há três categorias: mirim (dos quatro aos 11 anos), bandeira (dos 11 aos 15) e adulta. As amazonas saltam, aos 15 anos, da mirim para a adulta.
Uma das provas mais difíceis é a bagualhada. O boi é solto numa pista de terra. O peão sai atrás, com a corda nas costas. Antes dos primeiros cem metros, ele precisa armar o laço e atirar.
Há provas "recreativas", como a dança das cadeiras com cavalo. Os campeões ganham troféu e dinheiro.


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