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De instrumento de trabalho, laço vira um desafio
DA ENVIADA ESPECIAL
O laço, que antes era apenas um instrumento de trabalho, tem criado uma nova
motivação para o pantaneiro. No Mato Grosso do Sul
têm se proliferado festas cujo foco é a disputa do laço.
As festas costumam durar
mais de um dia. O fazendeiro que a oferece cede a comida, com muita carne, o local
para os peões ficarem e a
arena da competição. Sempre há também bailes.
No Refúgio Ecológico Caiman, por exemplo, a festa
acontece em julho e marca o
fim do árduo trabalho de recolher o gado para vacinação e marcação.
O treinamento dos competidores é feito no dia-a-dia, quando o pantaneiro
desenvolve a habilidade de
laçar, muito útil para resgatar um boi fujão.
As crianças, desde cedo,
são iniciadas na arte. Nas
competições, há três categorias: mirim (dos quatro aos
11 anos), bandeira (dos 11
aos 15) e adulta. As amazonas saltam, aos 15 anos, da
mirim para a adulta.
Uma das provas mais difíceis é a bagualhada. O boi é
solto numa pista de terra. O
peão sai atrás, com a corda
nas costas. Antes dos primeiros cem metros, ele precisa armar o laço e atirar.
Há provas "recreativas",
como a dança das cadeiras
com cavalo. Os campeões
ganham troféu e dinheiro.
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