São Paulo, quinta-feira, 22 de março de 2007

Texto Anterior | Próximo Texto | Índice

LITORAL ALAGOANO

Artesão esculpe santos em palitos

No Mercado de Artesanato, topa-se com imagens de Zumbi dos Palmares e artistas em plena atividade

DA ENVIADA ESPECIAL

Não tem como ir a Maceió sem voltar para casa com uma peça do artesanato local. Há muitas opções de passeio para conhecer a arte alagoana, com imagens de Zumbi dos Palmares, de Lampião e Maria Bonita e de personagens fictícios da região, como o Trio do Forró, o Velho do Pezão -que representa o sertanejo com os pés rachados de tanto calor e trabalho- e o Fumacê -o velho que fuma sem parar.
No Mercado de Artesanato, em Levada, além de encontrar essas peças o visitante pode acabar esbarrando em um artista em plena atividade.
O escultor Arlindo Monteiro, 45, trabalha no local e faz sucesso com sua arte em palitos de fósforo. "Comecei esculpindo em troncos de coqueiro, sentado em frente de casa", lembra. A produção de miniaturas começou há 14 anos, quando ele sonhou com uma figura empalhada de Cristo.
Arlindo fica na ala CE, box 14. Sua principal produção em palitos é de santos, mas também há crianças brincando e personagens em cena -uma delas é a procissão de Nossa Senhora Aparecida, com quase 60 "participantes". É impressionante observar como um homem de mãos calejadas, 1,85 m e quase 90 quilos pode fazer um trabalho tão minucioso.
O Pavilhão do Artesanato, que já começa se diferenciando do comércio local pelo horário de funcionamento (todos os dias, das 10h às 22h), fica em Ponta Verde. Há peças de artistas de outros Estados, como do xilogravurista pernambucano Jota Borges. Nascido em 1935, começou como artista fazendo folhetos de cordel e tornou-se um dos mais famosos gravadores populares do Nordeste.
Outras opções são a feirinha de Pajuçara, na praia de mesmo nome, o Núcleo Artesanal do Pontal da Barra e o Armazém do Sebrae. No núcleo ficam as famosas mulheres rendeiras de filé, arte típica do Estado. É como se, para preparar caminhos de mesa, vestidos e mantas, elas tecessem redes de pescadores bastante coloridas. Já o armazém, no Jaguaré, é um paraíso de rendas e bordados. (PRISCILA PASTRE-ROSSI)


Texto Anterior: Litoral alagoano: Gulodice maceioense inclui sabor mineiro
Próximo Texto: Litoral alagoano: Eqüidistante de capitais, Maragogi merece visita
Índice



Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress.