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VISÕES HÚNGARAS
Distrito do Castelo abriga área amuralhada e medieval, repleta de restaurantes, museus e lojas
Do alto de Buda, bairro descortina cidade inspiradora
EM BUDAPESTE
A paisagem mais majestosa de
Budapeste é a do conjunto formado pelo Danúbio e pelas construções às suas margens tanto em
Buda quanto em Peste. O entorno
do rio, mais a avenida Andrássy,
em Peste, é considerado um patrimônio da humanidade pela
Unesco. Para facilitar o seu passeio, porém, convém pensar em
Buda e Peste separadamente, por
questões práticas.
O Danúbio corre aos pés de
Várhegy, o distrito do Castelo, em
Buda. Fica a 170 metros de altura e
é uma área cercada por antigas
muralhas, que abriga um bairro
medieval com museus, hotéis, lojas, restaurantes e uma atmosfera
romântica. As grandes portas de
madeira nas fachadas escondem
pátios particulares. O acesso principal é pelo portão Viena. Além de
aparecer nos mapas turísticos da
cidade, essa entrada também é citada em frases populares, como:
"A boca dele é tão grande quanto
o portão de Viena".
Outro jeito de chegar ao distrito
é pegando o funicular em frente à
ponte Széchenyi, de 1849, um dos
símbolos da cidade e parte importante da paisagem do Danúbio.
Em meio a essas casas fica a praça Szentháromság Tér, cheia de
turistas. Aqui está a igreja Matias,
um belo monumento gótico que
leva o nome do rei Matias Corvinus, que trouxe grande desenvolvimento para Buda, no século 15,
apesar da ameaça dos turcos otomanos, que depois ocupariam o
país. Boa parte da igreja que se vê
hoje foi erguida em 1896. Tem belos vitrais e um pequeno museu
em seu interior, além do colorido
telhado, marcante na cidade toda.
Ao lado, a estátua eqüestre do
santo e rei Estevão, que fundou o
reino da Hungria no ano 1000, observa os que se aproximam do
Bastião dos Pescadores, uma
construção branca da qual se descortina uma das melhores vistas
da cidade, com o rio, as pontes, a
ilha Margaret -um grande parque- ao longe e o Parlamento na
outra margem.
As ruas terminam no Palácio
Real, construído após a invasão
mongol, no século 13, e expandido na época de Matias. Foi destruído durante batalhas contra os
turcos em 1686 e também na Segunda Guerra Mundial. Hoje o local abriga a Galeria Nacional, o
Museu Histórico de Budapeste, o
Museu Ludwig de Arte Contemporânea e a Biblioteca Nacional
Széchenyi. Vale visitar a Galeria
Nacional (www.mng.hu), em especial pelos quadros que retratam
cenas das inúmeras batalhas que
os húngaros já travaram em sua
história, pela sua dramaticidade.
Em uma das fachadas do palácio
há uma fonte que, novamente, faz
homenagem a Matias, em trajes
de caçador.
Para ficar na memória, do Palácio Real tem-se a vista de toda a
Budapeste, tanto de Buda quanto
de Peste. É do alto de Buda que dá
para compreender porque essa
dupla é indissociável e forma uma
cidade de paisagem inspiradora.
(CHIAKI KAREN TADA)
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