São Paulo, quinta-feira, 23 de fevereiro de 2006

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BOM DIA

Moradores da capital não têm hábito de passar as manhãs de fim de semana nos salões de café; veja dez opções em SP

Café da manhã avizinha paulistano e hotel

JULIANA DORETTO
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA

Você passa por um hotel de luxo, desses de nomes pomposos e fachadas imponentes, e pensa: "Ah, se um dia eu pudesse ver como é ali dentro". Pois bem, você pode e sem estourar seu orçamento com a diária. O café da manhã dos grandes hotéis de São Paulo são abertos a não-hóspedes e dão um gostinho do requinte que teria a hospedagem completa.
Há desde bufês simples, que precisam de correção (como o da pousada Dona Zilah) ou não (caso do Pestana), aos incrementados e caros, como o do executivo Hyatt. Passando ao cafés servidos à la carte, mais intimistas.
Mesmo com a abundância de opções, quase todos eles carecem de paulistanos sentados em suas mesas durante o fim de semana, quando os tradicionais hóspedes, homens de negócios, na maioria, retornam para casa e deixam os salões vazios e sem agitação.
Não é uma receita nova: ela já é usada nas tradicionais feijoadas e nos cada vez mais disputados brunchs. O que falta, então, para que os amantes de café da manhã pulem das filas das padarias da cidade aos hotéis? Talvez quebrar a barreira que impede a chegada até a recepção. A altivez dos hotéis intimida visitantes, que temem serem abordados ao passar pela porta giratória. É preciso guiá-los, mas sem ser invasivo.
Placas indicando o salão de café -em geral, longe da recepção ou até em andares diferentes do térreo- e, sobretudo, maîtres e recepcionistas que acolhessem o forasteiro urbano ajudariam. Outro problema são os preços cobrados: a maioria, entre R$ 35 e R$ 48.
"O café é uma bonificação que o cliente recebe com a diária, mas que gera muitos problemas para o hotel. O cliente das 10h tem que encontrar o mesmo bufê que o das 7h experimentou. O preço alto é para cobrir custos", diz Maurício Bernardino, presidente da Abih (Associação Brasileira da Indústria de Hotéis) de São Paulo. "A tendência, então, é desvincular o café da diária, oferecendo um serviço até mais simples, para diminuir o preço", completa.
Antes que o café de hotel deixe de ser sinônimo de fartura e esmero, escolha o seu entre os dez analisados pela Folha. Bom apetite.


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