|
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice
BOM DIA
Moradores da capital não têm hábito de passar as manhãs de fim de semana nos salões de café; veja dez opções em SP
Café da manhã avizinha paulistano e hotel
JULIANA DORETTO
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA
Você passa por um hotel de luxo, desses de nomes pomposos e
fachadas imponentes, e pensa:
"Ah, se um dia eu pudesse ver como é ali dentro". Pois bem, você
pode e sem estourar seu orçamento com a diária. O café da manhã dos grandes hotéis de São
Paulo são abertos a não-hóspedes
e dão um gostinho do requinte
que teria a hospedagem completa.
Há desde bufês simples, que
precisam de correção (como o da
pousada Dona Zilah) ou não (caso do Pestana), aos incrementados e caros, como o do executivo
Hyatt. Passando ao cafés servidos
à la carte, mais intimistas.
Mesmo com a abundância de
opções, quase todos eles carecem
de paulistanos sentados em suas
mesas durante o fim de semana,
quando os tradicionais hóspedes,
homens de negócios, na maioria,
retornam para casa e deixam os
salões vazios e sem agitação.
Não é uma receita nova: ela já é
usada nas tradicionais feijoadas e
nos cada vez mais disputados
brunchs. O que falta, então, para
que os amantes de café da manhã
pulem das filas das padarias da cidade aos hotéis? Talvez quebrar a
barreira que impede a chegada até
a recepção. A altivez dos hotéis intimida visitantes, que temem serem abordados ao passar pela
porta giratória. É preciso guiá-los,
mas sem ser invasivo.
Placas indicando o salão de café
-em geral, longe da recepção ou
até em andares diferentes do térreo- e, sobretudo, maîtres e recepcionistas que acolhessem o forasteiro urbano ajudariam. Outro
problema são os preços cobrados:
a maioria, entre R$ 35 e R$ 48.
"O café é uma bonificação que o
cliente recebe com a diária, mas
que gera muitos problemas para o
hotel. O cliente das 10h tem que
encontrar o mesmo bufê que o
das 7h experimentou. O preço alto é para cobrir custos", diz Maurício Bernardino, presidente da
Abih (Associação Brasileira da Indústria de Hotéis) de São Paulo.
"A tendência, então, é desvincular
o café da diária, oferecendo um
serviço até mais simples, para diminuir o preço", completa.
Antes que o café de hotel deixe
de ser sinônimo de fartura e esmero, escolha o seu entre os dez
analisados pela Folha. Bom apetite.
Texto Anterior: Sonhos: Guia lista 200 tipos de experiência Próximo Texto: Skyline emoldura capricho do Unique Índice
|