São Paulo, quinta-feira, 23 de outubro de 2008

Texto Anterior | Próximo Texto | Índice

Foco

Professor troca planos de passar virada no exterior por passeio em Ubatuba

DA REPORTAGEM LOCAL

Antes da crise, as alternativas de viagem no Réveillon deste ano eram variadas para o professor e músico Marcus Valadão: Boston, Califórnia, Genebra e República Dominicana. A alta do dólar, porém, fez com que ele optasse por um destino mais modesto -Ubatuba, no litoral de SP.
Hoje vivendo em Brasília, Valadão, 35, morou por anos nos no exterior e tem amigos espalhados pelo mundo. "Eu tinha a opção de me hospedar com amigos nos EUA e na Suíça. A primeira cidade que cogitei foi Boston", conta ele. Depois, Valadão pesquisou preços e chegou a reservar passagens para a Califórnia e para Genebra.
A chegada da crise financeira e a instabilidade do dólar o fizeram mudar de idéia.
"A última opção de viagem no exterior que pesquisei foi para a República Dominicana, mas a oscilação do valor do dólar me desanimou", diz ele. "A gente se acostumou com o dólar mais barato e estável. Eu não estava na onda de gastar sem saber quanto vai ser cobrado depois na fatura do cartão de crédito", conta Valadão.

Ubatuba
A saída, então, foi programar a virada com amigos no Brasil - mais especificamente em Ubatuba, no litoral norte de SP. Valadão ainda não conhece a cidade. "O pessoal me disse que lá chove bastante", brinca ele, relembrando um popular apelido da cidade, "Ubachuva".
A opção pode ter menos glamour do que passar a virada do ano no exterior, mas a troca de destino não chega a desanimar Valadão.
"Está valendo. O importante é curtir a virada do ano com os amigos, e isso eu tenho certeza de que vai acontecer, mesmo com chuva", diz ele.

Preço fixo
O roteiro dentro do Brasil ainda garante outro detalhe importantíssimo: saber o custo exato das compras e gastos feitos durante a viagem.
"Ninguém sabe como as coisas vão ficar daqui para frente com a crise", pondera Valadão. "Viajando dentro do Brasil, ao menos eu sei exatamente quanto estou gastando. Agora não é hora de fazer uma dívida em dólar no cartão sem saber o quanto eu vou pagar quando a fatura for fechada", completa. (MARINA DELLA VALLE)


Texto Anterior: Sobe-e-desce: No Réveillon, viajantes vão tentar gastar menos
Próximo Texto: Área de cruzeiros toma medidas para atrair cliente
Índice



Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress.