São Paulo, quinta-feira, 24 de junho de 2010

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Fachada impenetrável esconde instabilidades

Sob intensa repressão, surge sinal de insatisfação na Coreia do Norte

Tensão mais recente entre as duas Coreias foi deflagrada pelo afundamento de um navio sul-coreano


MARCELO NINIO
EM AMSTERDÃ

Os confrontos na fronteira da Coreia do Norte com a Coreia do Sul reacendem periodicamente a tensão na chamada "última fronteira da Guerra Fria".
A mais recente foi deflagrada por um navio de guerra sul-coreano que afundou no dia 26 de março próximo à Coreia do Norte, causando a morte de 46 tripulantes.
E isso, mesmo depois de uma investigação internacional indicar que o navio havia sido atingido por um torpedo norte-coreano.
A demonstração de força pode estar ligada a incertezas internas, para observadores. Segundo eles, o excêntrico Kim Jong-il jamais teria se recuperado de um derrame sofrido em 2008, o que acionou o processo sucessório.

SUCESSÃO "DINÁSTICA"
Um dos filhos do ditador, apontado como possível herdeiro do "trono", teria ordenado o ataque à corveta sul-coreana para mostrar ao mundo que manterá a linha-dura do pai e do avô, Kim Il-sung, que é considerado o "pai" da Coreia do Norte .
Há outros fatores de instabilidade. Mesmo sob intensa repressão, surgem sinais de insatisfação popular com a economia arruinada e a extrema carestia, mantendo vivo o trauma da grande fome dos anos 90, que matou 10% da população.


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