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TELA POR TELA
Cidade de 226 mil habitantes tem castelos, igrejas e torres medievais; capela abriga tríptico de Jan Van Eyck
Elite de artesãos ergueu riqueza de Gent
DO ENVIADO ESPECIAL A BÉLGICA
Gent tem 226 mil habitantes e
poderia ser mais uma cidade média européia com intensa vida
universitária (24 mil estudantes).
Mas não é só isso. Ela se tornou
um pequeno museu de monumentos arquitetônicos -concentrados em seu centro histórico.
Há para tanto uma razão. Desde
o século 11 a cidade reuniu boa
parte da produção de couro ou de
tecidos refinados . Acumulou riquezas. Excetuado o século 17,
sempre cresceu e manteve uma
elite de artesãos e comerciantes
que pagava impostos e estava disposta a gastar consigo própria e
com suas igrejas.
Isso faz a diferença aos olhos
dos turistas. Um exemplo: o Castelo dos Condes, fortificação medieval iniciada no século 10 e que
abrigava os mandatários locais.
Vendido a particulares no século
18 pelos austríacos, transformou-se em manufatura de tecelagem e
foi recomprado pelos poderes públicos no século 19, que o mantém
sob constante pesquisas arqueológicas e trabalhos de restauração.
Há o Beffroi, torre do século 14,
com seu carrilhão, há um outro
castelo fortificado, o de Geraldo
Diabo, também do século 14, a
Academia Real Flamenga de Língua e Literatura, do século 18.
Numa das capelas laterais da catedral vale a pena visitar um
imenso tríptico pintado no século
15 por Jan Van Eyck. É uma das
obras mais conhecidas do Renascimento flamengo. Foi uma das
riquezas artísticas belgas seqüestradas pelos alemães durante a Segunda Guerra. Gent está a menos
de uma hora de trem de Bruxelas.
É acessível para quem vem da
Alemanha, da Holanda, do Reino
Unido ou da França. Uma excelente sugestão de passeio.
(JBN)
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