ROGÉRIO CASSIMIRO
enviado especial ao Mato Grosso

A apenas 60 km de Cuiabá (capital do Mato Grosso), o turista se depara com um cenário que parece árido à primeira vista: é a chapada dos Guimarães.
Mas a falta de vida só é aparente. A chapada tem uma das maiores biodiversidades vegetais do mundo, com mais de 10 mil espécies de plantas. E ainda outras atrações: cachoeiras, paredões e cavernas que se espalham por uma área de 6.249 km2.
Contrastando com Cuiabá, onde os termômetros no verão chegam 45C, a Chapada apresenta um clima tropical úmido.
Árvores retorcidas e secas, grandes clareiras de vegetação rasteira e seca e formações rochosas de milhões de anos compõem a paisagem da chapada, que parece o cenário de um filme ambientado na época em que viviam os homens pré-históricos.
Essas cavernas são um dos grandes chamarizes da região. A chapada conta com 15, mas apenas duas estão abertas à visitação. Ainda há sítios arqueológicos.
Trilhas
A trilha, de 6 km, que fica a 45 km da cidade de Chapada dos Guimarães (MT), ficou fechada por um ano. As visitas não eram controladas, e o afluxo dos turistas colocava em risco a fauna e a flora do ecossistema local.
Segundo Juarez de Souza Gonçalves, 47, coordenador de ecoturismo do Ipeca (Instituto de Pesquisa Araras), a trilha será aberta até o início das férias de junho.
O Ipeca é uma organização não-governamental que, com apoio do Ibama (Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis), ficará responsável por fiscalizar as visitas. Segundo Gonçalves, uma espécie de tíquete, permitindo a visita do turista, será vendido na Secretaria de Turismo e do Meio Ambiente da Chapada dos Guimarães, por R$ 10.