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"MY KIND OF TOWN"
Visitante tropeça em esculturas pelas ruas
A mais notável é "Flamingo" (1974), do escultor norte-americano Alexander Calder, na Dearborn street
DO ENVIADO ESPECIAL A CHICAGO
"Museu sem paredes", Chicago tem em suas praças e esquinas 6.000 esculturas -algumas delas são gigantescas.
À época controvertida, a primeira a causar furor na metrópole lembra uma cabeça de mulher. Cubista, inaugurada em
1967, foi concebida pelo espanhol Pablo Picasso, pesa 163 toneladas e fica na praça Richard
J. Daley -na rua Washington,
entre a Dearborn e a Clark. Sua
instalação desencadeou a onda
de inaugurações de imensas
obras de artistas contemporâneos nas ruas da metrópole.
Quase do outro lado da rua,
fica outra estátua que também
lembra uma figura feminina, de
braços abertos e com um tridente saindo da cabeça. Do
também espanhol Juan Miró,
ela está fincada, desde 1981 na
praça do prédio Brunswick, na
Washington street, 69.
Mas "Flamingo", de 1974, do
norte-americano Alexander
Calder, inventor dos móbiles e
dos estábiles, deve ser a mais
notável escultura no caminho
diário de milhares de pessoas
em Chicago, na Dearborn
street, entre as ruas Adams e
Jackson. Vermelha e surpreendente, diante do Federal Building, um prédio sóbrio do arquiteto alemão Mies van der
Rohe, tem suas curvas refletidas no prédio de aço e vidro.
Engenheiro por formação,
Calder era filho e neto de escultores importantes.
Outro monumento a céu
aberto, o mosaico "As Quatro
Estações do Ano", do russo-francês Marc Chagall, foi inaugurado em 1974 na praça First
National da Monroe street, entre as ruas Dearborn e Clark.
Diante de um prédio pós-moderno de Helmut Jahn, o
State of Illinois Center, na esquina das ruas Clarck e Randolph, fica a estátua "Monumento à Besta em Pé", exemplar da chamada arte podre do
francês Jean Dubuffet. Outros
15 artistas têm suas obras no
entorno do prédio, que, como a
escultura que faz ode à besta,
têm gosto algo discutível.
O grande artista inglês Henry
Moore, um dos maiores escultores do século passado, também deixou sua marca diante
do planetário Adler. "O Homem Entra no Cosmos", dois
semicírculos de bronze que, na
área do parque Grant, funcionam como um relógio solar, tiram o fôlego do visitante.
(SC).
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