São Paulo, quinta-feira, 25 de outubro de 2007

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Vila de Poschiavo fala italiano, mas tem orgulho de ser suíça

Localizado no sul do país, local sofre intensas influências da vizinha Itália

DA ENVIADA ESPECIAL À SUÍÇA

A bordo do trem Bernina Express, ao chegar ao vale do Poschiavo, avistam-se montanhas nevadas e lagos azuis.
Na pequena estação, o turista desavisado tem outra surpresa: a língua falada é o italiano -no sul da Suíça, no Cantão dos Grisões, a vila sofre as influências da vizinha Itália, mas a população recita em prosa e verso o orgulho de ser suíça.
Andando pelas ruas estreitas do centro velho, o visitante é envolvido pela história da vila de cerca de 3.000 habitantes e arquitetura particular. Todos os imóveis foram restaurados, mas não perderam o charme e as marcas do passado.
Contam os habitantes que a vila era muito pobre, mas ficou rica depois que antigos moradores deixaram Poschiavo para fazer fortuna abrindo cafeterias pela Europa e, por volta de 1890, voltaram ou enviaram dinheiro para as famílias.
Uma construção que logo chama a atenção é a casa Tomé. Construída como uma torre toda em pedra em 1503, a casa rústica fica na diagonal de um imenso castelo -o Palazzo Mengotti, do século 17, transformado em museu em 1985.
Não dá para ignorar também a igreja S. Ignazio, em estilo barroco, construída em 1642. Uma visão mais surpreendente ainda é a entrada da Casa Charnel, "decorada" por centenas de crânios retirados das catacumbas da igreja S. Vittore Mauro, após a restauração em 1902.
O velho monastério agostiniano que abrigava freiras em clausura mantém seu charme, mobília e objetos de mais de 200 anos. Restaurado, tornou-se um lugar de atividades religiosas e culturais, com a capela sempre aberta aos visitantes. As celas das freiras -transferidas para o novo monastério- podem ser alugadas a visitantes em busca de paz espiritual, reflexão e estudo. "Isso não é um hotel", avisa a freira-guia.
Todas as quartas-feiras, desde que não chova, a piazza Comunale, a praça principal, se torna uma imensa feira de produtos locais, como frutas, queijos, pães e vinhos. A elegante praça agrupa prédios em estilo neoclássico e neogótico, como o Palazzo Albrich, do século 16, transformado em hotel histórico e restaurante. (ES)


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