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Vila de Poschiavo fala italiano, mas tem orgulho de ser suíça
Localizado no sul do país, local sofre intensas influências da vizinha Itália
DA ENVIADA ESPECIAL À SUÍÇA
A bordo do trem Bernina Express, ao chegar ao vale do Poschiavo, avistam-se montanhas
nevadas e lagos azuis.
Na pequena estação, o turista
desavisado tem outra surpresa:
a língua falada é o italiano -no
sul da Suíça, no Cantão dos Grisões, a vila sofre as influências
da vizinha Itália, mas a população recita em prosa e verso o
orgulho de ser suíça.
Andando pelas ruas estreitas
do centro velho, o visitante é
envolvido pela história da vila
de cerca de 3.000 habitantes e
arquitetura particular. Todos
os imóveis foram restaurados,
mas não perderam o charme e
as marcas do passado.
Contam os habitantes que a
vila era muito pobre, mas ficou
rica depois que antigos moradores deixaram Poschiavo para
fazer fortuna abrindo cafeterias pela Europa e, por volta de
1890, voltaram ou enviaram dinheiro para as famílias.
Uma construção que logo
chama a atenção é a casa Tomé.
Construída como uma torre toda em pedra em 1503, a casa
rústica fica na diagonal de um
imenso castelo -o Palazzo
Mengotti, do século 17, transformado em museu em 1985.
Não dá para ignorar também
a igreja S. Ignazio, em estilo
barroco, construída em 1642.
Uma visão mais surpreendente
ainda é a entrada da Casa Charnel, "decorada" por centenas de
crânios retirados das catacumbas da igreja S. Vittore Mauro,
após a restauração em 1902.
O velho monastério agostiniano que abrigava freiras em
clausura mantém seu charme,
mobília e objetos de mais de
200 anos. Restaurado, tornou-se um lugar de atividades religiosas e culturais, com a capela
sempre aberta aos visitantes.
As celas das freiras -transferidas para o novo monastério-
podem ser alugadas a visitantes
em busca de paz espiritual, reflexão e estudo. "Isso não é um
hotel", avisa a freira-guia.
Todas as quartas-feiras, desde que não chova, a piazza Comunale, a praça principal, se
torna uma imensa feira de produtos locais, como frutas, queijos, pães e vinhos. A elegante
praça agrupa prédios em estilo
neoclássico e neogótico, como
o Palazzo Albrich, do século 16,
transformado em hotel histórico e restaurante.
(ES)
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