DA REPORTAGEM LOCAL

"Pai, bem que a gente podia levar esse rio para São Paulo. Pena que ele não cabe dentro do avião." Consternado, Lucas Dini de Figueiredo, 4, se referia ao rio Araguari, braço do Amazonas, onde costumava nadar quando passou alguns dias no município de Ferreira Gomes, a 250 km de Macapá, onde mora a avó paterna.
Ao realizar uma viagem a um local muito diferente da sua cidade natal, a criança tem a possibilidade de entender na prática conceitos como tempo e espaço, viver na marra o fuso horário, descobrir fenômenos da natureza e observar ao vivo e em cores figuras até então conhecidas apenas em livros ou na televisão.
"No Amapá, Lucas conheceu várias espécies animais, como rãs, sapos e raias, e até foi mordido por um macaco, com quem foi brincar como se brinca com um cachorro", conta o pai do garoto, Aníbal Fonseca de Figueiredo.
Ao chegar ao inverno de São Paulo, a 13C, o menino, que nas férias estava acostumado a uma temperatura média de 35C, questionou o pai por que fazia frio num lugar e calor em outro.
Já Natalia Bussolini de Souza, 4, se surpreendeu ao perceber que também no Espírito Santo anoitecia, durante uma viagem a Guarapari realizada em meados do ano passado. "Foi muito gostoso ver suas primeiras descobertas na viagem", comenta a mãe, Ana Beatriz. (MV)


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