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36 HORAS E 1/2 NA CIDADE DA BAHIA
Guarde uma tarde para o sobe e desce nas ruas do Pelô
Tour pelas igrejas, assim como ida à Fundação Jorge Amado e à antiga Faculdade de Medicina, é essencial
DA ENVIADA ESPECIAL A SALVADOR
Moedinha na mão! Chegou a
hora de dar R$ 0,05 para pegar
o elevador Lacerda, na Cidade
Baixa, rumo ao Pelourinho.
Chegando lá, mesmo quem
coloca os pés nas ruas de pedra
pela primeira vez sente uma atmosfera familiar. Fosse num
seriado de TV, numa música de
Caetano, no batuque do Olodum ou no clipe do Michael
Jackson, em algum momento o
turista já se deparou com esse
cenário cheio de cores e igrejas.
Um tour por elas é, aliás, inevitável. Entre tantas, destaque
para a igreja da Ordem Terceira
de São Francisco, de mais de
300 anos, que tem fachada em
pedra lavrada que remete ao
barroco espanhol e é considerada a única do gênero no país.
A Igreja e Convento de São
Francisco é uma das mais ricas
do país, com seu interior coberto em ouro e fachada barroca
feita em 1723. A de Nossa Senhora do Rosário dos Pretos, do
século 18, tem fachada rococó.
Não deixe de conferir a lojinha com camisetas estampadas
com fotos do antropólogo francês Pierre Verger (www.pierreverger.org), a Fundação Casa de Jorge Amado (www.jorgeamado.org.br) -com todo
o arquivo das obras do escritor-, e a Antiga Faculdade de
Medicina, que foi a primeira
escola de medicina do país e
hoje guarda o museu Afro-Brasileiro (www.ceao.ufba.br),
com arte sacra africana, painéis
de Carybé e fotografias de Verger) e o de Arqueologia e Etnologia (www.mae.ufba.br),
com pinturas, fotos e urnas funerárias indígenas).
Para recompor o fôlego, faça
uma parada no bar O Cravinho
(www.ocravinho.com.br), famoso pela cachaça servida com
cravo, mel e limão.
A falta de policiamento é reclamação constante, assim como as queixas quanto à conservação dos prédios desse conjunto arquitetônico colonial
considerado patrimônio pela
Unesco. Mesmo assim, visitar o
Pelourinho ainda é mágico, e
revela, além de toda a beleza da
região, personagens curiosos.
Caso do cabeleireiro Oliver.
Ao avistar a placa "Black Fashion", não hesite em dar uma
paradinha para cortar o cabelo,
fazer uma trança ou bater um
bom papo com ele. "Oh, negona, diz pro pessoal vir aqui me
fazer uma visita". Pronto. Tá
dito!
(PRISCILA PASTRE-ROSSI)
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